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BORBOLETAS AO LUSCO-FUSCO,
por João Maria Ludugero.
Caminho sobre a meada do fio
Dos telhados ao entardecer,
Quando a luz é substância
De acordes de sonhos em desafio
A tingir o interior do coração
De orquídeas multicoloridas!
Pelas andanças sussurro
Sortilégios em estripulias,
Toco invisíveis borboletas...
E, num lusco-fusco exato
Em que o sol laranja se desfaz
A radiar meia-lua-tapioca espairecida
Levantando-se em metade inteira,
Quando tuas mãos me alcançam
Aos mais bem-queridos solavancos!
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