CUMPLICIDADE, por João Maria Ludugero
A sós,
como dois pássaros
na solidão do céu,
em pleno azul,
sonhando nas nuvens...
lado a lado, cúmplices,
sem alarde nem alarido,
como dois pássaros num
alto ramo, ao cair da tarde amena.
Como duas mãos
quando se tocam,
procuram e se encaixam,
se inteiram,
cheias de um silêncio que fala...
Como eu e ti quando
desatamos os nós.
Assim não somos solidão,
mas ganhamos imensidão...
E o resto é rima desnecessária,
depois de tantas luas,
depois de tantos sóis!
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