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segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

VÁRZEA: ABRINDO ESPAÇO AO TEMPO DA POESIA












VÁRZEA: ABRINDO ESPAÇO AO TEMPO DA POESIA
Autor: João Maria Ludugero

Sob os mesmos caminhos
Que nos levam ao Vapor de Zuquinha,
Sob a mesma chuva que nos acorda
E deixa a terra molhada,

Além de dar leito ao rio Joca,
Sob o mesmo Sol que nos aquece,
A mesma lua que ilumina a noite

Da nossa Várzea,
Sob o mesmo céu
Que emoldura as duas palmeiras
Seguimos contando Estrelas,
Cantamos no ritmo do silêncio
Sem medo das futuras verrugas

Sem medo das sombras
Que vestem a madrugada
Sob o olhar atento de São Pedro
Diretamente do topo da igreja azul,
Sutilmente nos sentimos na velha infância
Preenchendo-nos dos vazios de hoje,
Que nos cercam até o paredão do Calango,

Açude aceso de tantas lembranças...

E assim escrevo como quem pinta uma tela
Ao rufar solene de um coração-tambor
Num quadro de cores, cheiros e ruídos em palavras
Que não se esvaem com o passar do vento,
Mas renascem arteiras a escorrer pelas veias

Desse Menino Varzeano, poeta e sonhador. 

MINHA DOCE VÁRZEA, MEU LUGAR!

MINHA DOCE VÁRZEA, MEU LUGAR! 
Autor: João Maria Ludugero

O lugar mais lindo do mundo,
Com certeza, f
ica mesmo ali
Junto ao rio Joca,
Além do riacho do Mel,

Além da Forma do Capim Grosso
Além do Riachão
Onde coaxam sapos, jias
E outros anfíbios
Onde se en/cantam aves silvestres
Onde as lavandeiras fazem verão

E os canários-da-terra se põem a cantar,
E a gente ver o céu beijar o chão do Vapor,
Apesar de toda aridez do agreste.

Eu bem sei, e agradeço por tudo:
Mãe Claudina me ajudou a nascer,
Dona Maria de Seu Odilon me criou,

A professora Dona Maria 'Marica' Fernandes  
Me ensinou o bê-a-bá, a cartilha do abc,
Minha Vó Dalila me ensinou a rezar
E me deu um terço de contas azuis
Para anjo-guardar minha vida,
Abrindo-me os caminhos,
Para um dia eu  poder voltar

De uma vez ao repouso
Do meu doce lar,
Da minha casa,
Do meu lugar:  
Minha Várzea das Acácias!

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

APESAR DE TODA ARIDEZ, AINDA CANTO!












APESAR DE TODA ARIDEZ, AINDA CANTO!
Autor: João Maria Ludugero

Como um galope rasante
Pelos caminhos dos Seixos,
Em riba do couro das palavras,
Meu canto salobro avança
Além do riacho do Mel,
Abre vagas nos lajedos
Que empinam macambiras
Borboletas e preás
No coração esturricado
Dos açudes ainda não secos.

Minhas palavras são regidas
Por uma faísca de ternura
Lavrada a golpes de coragem,
Na força dos facões e enxadas
A desnudar as macaxeiras
E outras raízes da terra.

Por isso, minhas palavras agrestes
Jorram assim feito milho fora da espiga
Debulhado ainda zarolho, moído,
Ingrediente a saciar nossa fome
A cobrir nossa mesa de cuscuz,
A colorir nossos sonhos acordados
A dourar os calos do dia-a-dia
Em esperanças amadurecidas.

De sorte, encaro outros ventos afoitos
Que virão que nem coivaras no roçado 
Ou labaredas num chão de cantigas,
Apesar dos pesares, dos fardos pesados
Apesar dos arames farpados da lida,
Encarno estes versos com suor e alegria.

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

DOCES E SALOBROS SONHOS












DOCES E SALOBROS SONHOS
Autor: João Maria Ludugero

Em tuas águas
Vertentes
Em teus doces ariscos
Mergulho pra ver
Melhor o mundo,
Lavo meu corpo
No salabro riacho
De Nozinho
No teu colo
Descanso,
Banho meus sonhos
Acordados,
Ressecados no riacho da cruz,
Afogo desilusões no Vapor,
Renovo minha esperança
E toco a vida adiante,
Apesar de toda aridez
Dos caminhos
Que me levam a ti,
Minha Várzea amada!

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

OÁSIS-ME, VÁRZEA!












OÁSIS-ME, VÁRZEA!
Autor: João Maria Ludugero

Acho até que o meu coração
Se enganchou nesse sofrer
Resultado da tua ausência,
Espelho quebrado no deserto 
Sob o sol das lembranças...

Vou atirar-te de vez na miragem,
Na aridez dos Seixos,
Matar minha sede no açude
Nas profundezas desse oásis,
Calango aceso no meu peito, afoito,
No intuito da sorte aflorar, vir à tona.

Vou me amarrar nos teus cabelos,
Prender-me solto, libertar-me
Na flor de tuas tranças,
Porque vivendo assim largado
Na lonjura dos teus cheiros,
Mais vegeto do que vivo,
Só sei mesmo padecer...

De tal sorte, ando e voo solene,
Sou pena de passarinho à-toa
Atirada ao vento da tarde amena
Entre as duas palmeiras
De São Pedro apóstolo!

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

BEIJA-FLOR












BEIJA-FLOR
Autor: João Maria Ludugero

Sem ti, varzeaninha,
Sou tal qual aquele colibri
Que paira no ar, plaina,
Sem ter flor para beijar,
Sou solitário passarinho
Na demora de chegar o verão.

Sou rama de jerimum
Que se alastra no roçado
Pelos caminhos do Vapor,
Do verde agreste
Do meu Itapacurá,
Sou flor de maracujá.

Sou penar de cantador,
Sou seresteiro da noite
Sou lua e estrelas frias
Perdidas pelos ariscos,
Sou sol radiante e céu azul
Ofuscado pelas sombras 
Na pressa de te esperar.

Meu coração está afoito,
Louco pra morrer de amores
Desfalecer no teu colo,
É quase um campo minado...
Quem sobreviver, verá!

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

TELEPATIA
















TELEPATIA
Autor: João Maria Ludugero

Varzeaninha, varzeaninha,
Flor do meu encanto,
E lá me vens com teus olhinhos
De cacimba a minar desejos,
Sem saber se me dás carinho
Ou se já te derramas em saudades
Debulhadas assim em salobras águas
Vertentes do rio Joca, sem pejo,
A formar verdes poças d'água
Paradas no leito, a fertilizar
O coqueiral ali na ribanceira
Do riacho da Cruz, efêmero rio.

Mesmo distante, léguas e léguas,
É tão bom pensar,   
Sentir, ver-te assim,
Telepatica mente,
Menina-flor varzeana,
Toda vestida de chita
Com sete laços de fita
Fazendo até a lua descer prateada 
Pra chegar perto do agreste chão
Como que a suplicar por um beijo,
Vindo bonita se banhar, inteira,
Toda assim derramada, no açude,
Toda assim refletida, linda, 
Nas águas do meu Calango!

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

O NINHO















Autor: João Maria Ludugero

Quem me dera, agora 
Poder deitar à sombra
De um verde juazeiro
E apreciar o canto
Do galo de campina,
O cantar do sabiá
A quebrar o silêncio  
Da tarde amena da minha Várzea,
Numa sinfonia dos deuses,
Num paraíso assim tão natural!

Quem me dera ali
Poder ficar e admirar os pássaros,
Observar com primor
Os canários-de-chão,
Ver de perto os inhambus.
Todos os dias poder contemplar 
Os ninhos de anus-brancos e pretos...

Ninhos feitos de gravetos, artifícios 
A acomodar ovos
No topo dos arbustos.
Seriam os ovos brancos
Pintados de azuis,
Ou seriam os ovos azuis
Pintados de branco?
Que diferença isso faz, de fato,
Se aqui temos o mais
Verdadeiro habitat da paz?

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

POESIA: CULTURA E INFORMAÇÃO COM HUMANIDADE

















Autor: João Maria Ludugero

Interessa-me saber, e sei,
Que é aqui, na poesia, que me acho
Onde encontro forças para continuar
A redigir meus versos com simplicidade
Escrever com  serenidade, versejar,
Apesar dos pesares, dos fardos,
Assim é que te escrevo e me escrevo
Por entre as frestas do meu pensar.

É aqui, na minha poesia varzeana
Que dispo minha alma por completo,
Que me desnudo e te desnudo inteira
Ao juntar-te toda em letras numa canção,
Ao desenhar-me nas linhas tortas ou certas
Ao tentar poetizar-te até nas entrelinhas.

É aqui, na poesia de todo santo dia,
Que viajo do passado ao presente da nossa Várzea
Seja de regresso à infância,
Quando pulávamos cordas,
Quando ainda jogávamos bola na Vargem,
Quando tomávamos banho de rio e açude,
Quando outrora cavávamos cacimbas de água salobra
E aprendíamos a ser feliz modestamente
Nesse lugar chamado Várzea!

É na poesia que reinvento cultura
Todas as manhãs, com estilo próprio,
Ao repassar informação imbuída de humanidade.
Ao adormecermos com os sinais do tempo,
Sem roubar no prato da balança Filizola,
Uma vez que a vida nos dá o fiel da ciranda
Numa dança sensata que a tantos encanta
Numa cidade que ainda renova esperanças
Numa Várzea que ainda acredita e não se deixa isolar
Não cruza os braços e arregaça as mangas
Na certeza de que melhores dias virão para todos!

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

JANEIROS
















Autor: João Maria Ludugero

Com tuas lembranças
Preencho o meu pôr-do-sol,
As minhas horas,
Os meus desassossegos
Com saudades de fim de tarde!

Vens sorrindo fagueira
E anuncias luares de Janeiro...
Contemplo-te deste lado de Brasília
E vejo-te no espelho da ausência,
Mas inteira dentro do peito
A esvair-se de amores
Que descambam varzeanamente 
Para o infinito da minha alma.

Construo a ponte que me leva a ti
E agarro a mão de São Pedro
Que me faz atravessar a Brasiliano Coelho
Com a chave do imenso carinho
Na rua do meu caminhar para ti,
Rompo os cascos do tempo
E a cartilagem da dor, além dos Seixos.

Toco-te a serenidade, apesar das pedras
Alinha de horizonte que desconheço
E encontro afagos, além das trincheiras
Do rio Joca, na vontade de encher vazios,
Asas de ternuras, verdes juazeiros
Entranhados na salobra ausência,
Caminhos de Vapor e esperanças novas
Preenchidos com saudades de fim de tarde!

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

VÁRZEA E O CARRO DE BOI


















VÁRZEA E O CARRO DE BOI
Autor: João Maria Ludugero

Lá vai o carro de boi
Lá vai o carro encantado
Pelas bandas do Vapor
Vai levando minha saudade

Carregadinho de manivas
Vai conduzindo o sol

Vai levando o sisal
E umas sacas de farinha

Vai gemendo pelos trechos
Deste meu simples poema

Nestes singualres versos
Que me chamam ao interior
Que me levam à nossa Várzea
Pelas estradinhas de terra,
Enquanto meu coração
Se atrela a uma toada de amor
Que se compadece aos gemidos
De um carro-de-boi,
Daqueles que atravessam os ariscos
Com suas rodas maciças
Com dois bois domesticados,
Mansos com olhos de selo,
Desses que rubricam pra sempre

A alma do ser, com desvelo 
No preciso estalar dos cascos
Que conduzem precisamente 
O precioso tempo da vida
Que leva a gente...

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

VÁRZEA PARA SEMPRE!

VÁRZEA PARA SEMPRE!
Autor: João Maria Ludugero

Estradinhas de terra
E salabros riachos
Horizontes efêmeros
Renovadas esperanças.
Antepassados mortos
Pelo riachão do tempo.

Se os choro contigo
É aprendendo a me consolar
No arremesso da vida,
Quando os cascos das horas
Lapidam os seixos dos caminhos
Ariscos, tortos e estreitos
Que se encontram no desvão
Do Vapor de Zuquinha Ribeiro.

Ó tempo, tempo varzeano,
Contigo ajoelho e rezo orações
Que nunca esqueci de acreditar
De peito descoberto, ao vento
Com meu rosário feito
De pétalas e espinhos.

Minha cabeça é feita
De credos que fecham meu corpo
Aos quebrantos do dia-a-dia,
Sem ter medo das agruras e sombras
Que há muito o sol expulsou da minha casa
Através do brilho intenso
Do espesso olhar
Que clareia minha rua da pedra
E ofusca até pesadelos acordados, 
Fazendo crer 
Que é permitida a felicidade.

E neste espanto resignado
Ergo minha voz ávida de coragem
E grito com toda força e vontade:
- Então...
Eu hei-de amar-te para sempre,
Minha pequena Várzea!

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

ETERNAS LEMBRANÇAS DO VAPOR DE ZUQUINHA

ETERNAS LEMBRANÇAS DO VAPOR DE ZUQUINHA
Autor: João Maria Ludugero

Sem contar com a plantação de sisal que dá fibras,
Tudo bem cuidado pelas mãos de dona Lourdes,
Que deixava aquele velho casarão mais formoso,
Com seus vasos de telhas acimentadas
Todos cheios de flores à sombra das algarobas,
Dos pés de cajá e frondosas mangueiras.

Ela regava tudo com água armazenada
Da chuva, água de cisterna.
O Vapor tinha uma casa de farinha.
As descascadeiras de mandioca ensaiavam cantigas
Que faziam o tempo ser sentido, sem cair no vazio, noite a dentro.

Aquele lugar cheio de mistério não cansava aquela gente,
Que insistia em cantar, a fazer o trabalho, a farinhada.
Como algo sagrado, a encher a alma de calor, de aroma
De tapiocas de coco, de beijus e grudes em folhas de bananeira.
Do alpendre, a gente podia sentir o tempo...
Mas como sentir o tempo?
Mediante seus cheiros, suas cores, seus vapores, seus fumos.
Tudo permeado pelo verdes juazeiros a testemunhar o canto solenede
Pintassilgos, bem-te-vis e galos-de-campina,
Sem esquecer dos canários de chão e outros bichos.

Que maravilha! Que encanto de lugar.
O tempo apaga quase tudo. Sabia?
Mas a fazenda do Vapor continua lá.
Dá para sentir o tempo e seus vapores.
Seus cheiros, seus sabores e suas lendas.

Vapor vigilante e a cidade à frente, um lugar.
Um lugar para não esquecer chamado Várzea.
Uma saudade e seus resíduos.
Pernoite na casa-de-farinha,
Dali se podia ver o carro encantado, ao longe e perto,
Aparecendo e desaparecendo, assombração e encanto.
Tempos vividos dali do alpendre.

E uma saudade assim, tão imensa
que se adensa no peito da gente,
Fazendo pó, polvilho, goma e farinhas.
Apertando a massa da mandioca, a prensa
O tempo dava mesmo para ser sentido.
Tecido, guardado no coração
Tempo: manipueiras e cinzas ao vento.

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

O CHAMADO----------

O CHAMADO
Autor: João Maria Ludugero

Brasília, adeus eu já me vou embora,
Várzea está me chamando pra lá, desde logo, desde ontem.
Meu amigo Picica me convida pra ir ao Itapacurá...
Nas férias não sei onde vou estar,
Certamente, estarei lá, perto das barbas
De São Pedro Apóstolo...
Acho que em algum Retiro ou Arisco
Vou pescar no rio de Nozinho,
Amigos, quero vê-los, em breve
Revê-los... até a saudade matar!

De ficar sozinho aqui eu tenho receio. Não quero isso.
Só de pensar em ouvir o cantar mavioso
Dos pintassilgos me bate aquele enorme sossego,
Suspiro e digo que é cedo, ainda pra sair de lá...
De lá do meu chão, aonde canta o sabiá,
Cedo pra temer o fim do que ainda almejo,
Nunca é tarde para ir morar lá!

Quero ir aos campos da minha Várzea,
Quero repartir ou quebrar uma melancia madura no roçado
Quero colher maxixe, melão e quiabo no quintal
Quero chupar manga no pé, me lambuzar todo
Quero matar a vontade de me embriagar
De licor de jenipapo e salivar na tamarineira...

Quero saborear pitangas
E nadar no açude do Maracujá
Quero jogar uma pelada na Vargem do Cel. José Lúcio
Quero me lambuzar no Riacho do Mel,
Observar o gado no curral,
Seja comendo frutas maduras,
Seja bebendo garapa ou fazendo nada,
Pra ser exato, deitado numa rede de algodão
A contemplar o mais lindo pôr-de-sol do agreste,
Visto lá do açude Calango...

Eis a cidade que está no meu roteiro,
A minha pequena Várzea das Acácias.
Terezinha de Seu Nenê Tomaz de Lima,
Pode ir preparando os inhames e os carás;
Victor, Joyce, Tomazinho e Quincas Anacleto,
Meus caros amigos, também quero revê-los!

Adianto o meu forte abraço para Lila e sua irmã;
Aos pais delas, o Djalma Cruz e a Edileusa Cunha,
A eles também segue meu sincero apreço.
Quero degustar uma boa coalhada
Lá no seu Tida, pai do Beto de Rita,
Abraçar minha gente, bater papo
Com dona Penha e seu Olival,
Quero não me preocupar com as horas,
Quero perder a noção do tempo
Sentado ali na Praça do Encontro;
Vou até tirar o relógio do pulso,
Chega de cronômetros!
Vou desatar os nós, afrouxar as gravatas...
Quero comer feijão com arroz feito um príncipe
Pois saiba que gosto de coisas básicas...
Eu quero apenas adiantar minha viagem pra lá.
Quero depressa sair daqui!

Várzea me chama, estou certo disso!
Eu almejo simplesmente um lugar simples,
De coisas simples e bonitas...
Quero abraçar minha gente simples, hospitaleira.
Me vejo deitado numa rede de algodão no alpendre
Ali na casa de Seu Odilon, soldado do bem e da paz,
Na sede da minha cidade da felicidade, bem ali no centro,
Acolá na rua Cel. Felipe Jorge, esqueci o número, não precisa!
Aguarde-me, pois, minha Várzea de Gabriela Maurício de Pontes,
Vejo-te em breve!