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quinta-feira, 30 de maio de 2013

VÁRZEA MINHA, por João Maria Ludugero

Hoje é dia de lembrança, Várzea minha
Sempre é dia de louvação a São Pedro Apóstolo
Mesmo longe dos amigos mais antigos 
Já cheio de tanta saudade, 
Ora me dás Fé e consolação 
Já passaram muitas luas, Várzea minha, 
Muitas ruas já cruzei pelo caminho de jasmim 
Fiz promessa para o magote de teus meninos, 
Por isso que ora eu te encontrei tão perto 
Acho cedo muito cedo, Várzea minha, 
Pra dizer que a tarde anoiteceu, 
Mas não escureceu tuas candeias... 
Foi a noite dos teus olhos, Várzea minha, 
Que acordou meus olhos aos sonhos teus 
Foi teu riso encantado, Várzea minha, 
Que laçou o meu bem-querer no Vapor de Zuquinha 
Se eu correr dentro até chegar o fim do mundo, 
Num segundo, voltarei pra te rever... 
Abre o riacho do mel desta alma, Várzea minha, 
Que eu preciso me abrigar amparado ao estio 
Se a chuva demorar a chegar, como penso, 
Muito vazio no meu peito vou deixar 
Hoje é dia de saudade, Várzea minha, 
Sempre é dia de louvação a São Pedro Apóstolo, 
O grande chaveiro sagrado das nossas alegrias.

quarta-feira, 22 de maio de 2013

S.O.S. VIDA!, por João Maria Ludugero


Sem meio não há ambiente inteiro. 
O homem muda o mundo. Evolução? 
Não adianta camuflar os sentidos aos choques, 
tapar os ouvidos, fechar os olhos à situação 
onde imperam as afiadas e cegas 
serras elétricas do progresso. 
E a boca calada provoca desequilíbrio. 
Silêncio que cala consente a derrubada da mata. 
Se a boca é muda, desmata-se, a mata é morta. 
Morre o rio assoreado, estanca o ribeiro. 
E adeus ao mel do riacho, 
que perde seu curso, eiras e beiras. 
É morte certa. O rio seca. Catástrofe. 
Impacto ambiental. 
A natureza poluída chora suas perdas. Efeito? 
Então, respire fundo... inspire essa ideia, estufe o peito, 
abra os pulmões, abrace essa causa, agora-já! 
Mexa-se e grite: alto lá, carecemos salvar 
o que resta do resto do mundo!

CÉU DA BOCA


Aquele abraço era o lado bom da vida, 
que me fazia uivar de alegrias acesas,
um abraço assim 
que me alucinava inteiro, 
um abraço que me fazia afoito, 
a me fazer sobejar inenarráveis dádivas,
dessas que nos desatam a liberdade
e nos nos fazem dependurar nas nuvens,
tocando dentro e alto o céu da boca...
E quanta imensidão isso nos dimensionava.
E quanta loucura nos rodopiava e erguia
para valorizar o que de fato se vive fora do ente.
Mas que irônico: pra viver, 
eu precisava desatar-me...
E assim fiquei só, cheio de céu, 
somente após perder-me em tua boca!

terça-feira, 21 de maio de 2013

EM CARTAZ, O HOMEM DE TINTAS, por João Maria Ludugero

Moço de faces em essências pintadas
Encarnado no nariz de rubi-bola-vermelho
Não bastava ares de graça do Homem de Tintas 
Ainda perambulas a esculpir 
nem que seja tuas pernas-de-pau... 
-Como é a vista daí, arribas ao namoro? 
Porque tencionas a vida liberta em cartaz 
a ser posta em multicores afins e outras mais? 
É saga de astuto homem da morada do Park Way, 
Que anda na rua de aclives de alinhados sabores 
Catando alegrias espalhadas aos meios-fios em riste 
Buscando sorrisos perdidos nas tardes amenas: 
Atrás dos vidros das janelas fechadas ao longe 
Aos pés dos pacientes antes do transe e das cancelas 
Nos pneus das bicicletas em tráfego alheio pela Vargem Bonita 
(Em tuas mãos cabe tanta alegria de perto, Poeta de Tintas?) 
Será quantas destas ruas se filtram em becos de luas, 
Quantos tantos destes veículos em candeias 
Correm pra dentro das tuas veias-aquarelas? 
Será que é teu coração-estrada-caminho ou asfalto? 
Há que se colorir...e colores a estrada ao descaminho. 
E outros tantos pintados homens pintores ao desvão se curvam 
Costuram o ciclo da gente em seus monociclos 
-Arte de coser fuxicos em colcha de retalhos coloridos. 
E repintam-se fascinados, e recriam-se altos, 
E riem-se reinventados por cima 
e por dentro, sem quebras nem podas, 
a ofuscar a penumbra, chegando 
a acordar o devaneio aberto ao mundo. 

segunda-feira, 20 de maio de 2013

SAUDADE


Saudade é feita em aquarela 
de um amor multicolorido 
que o vento conseguiu carregar... sem dó. 
Faz sentido consenti-la 
em qualquer lugar, 
na brisa, em um olhar profundo de dor 
por dentro do tempo do coração 
do que era bonito completar 
e agora jaz em mim, de resto 
querendo pra sempre ficar...

quinta-feira, 16 de maio de 2013

QUANDO SE DESATA A BELEZA


Quando se desata a beleza,
sinto-me bem à vontade 
para fazer o que pretendo,
pois assim, simplesmente, 
posso e devo ser um motivo 
de orgulho superior ao meu talento.
Sinto-me dentro e alto,
mais próximo do céu da poesia
que me extasia a contemplar
o que mais completa meu ser,
sem nós que não possam
ser desatados.

segunda-feira, 13 de maio de 2013

ACONCHEGO DOS CÉUS


Aconchego de Mãe:
não importa o tamanho 
do tempo a me ninar a vida: 
no colo, se tem um terno berço;
no seio divino, que seja de manhã, 
de tarde ou à noite, 
derrama-se o mais bendito 
e integral travesseiro. 
Ave-Maria, 
tão cheia de graças, 
nossa magna Mãe 
banhada em dádivas!

sábado, 11 de maio de 2013

PARABÉNS, MÃE!!!


PARABÉNS A TODAS AS MÃES! 
FELIZ DIA DAS MÃES!!!
Mães da gente, mães de filhos de perto e de longe,
Mães sonhadoras do presente, 
dia após dia, mães de futuro,
Mães de poetas, mães inesquecíveis, apesar do adeus
por mais cedo terem ido morar com DEUS...
Mães encantadoras dentro de poemas...
Mães que adotam seus filhos e criam sonhos
Mães em dose dupla, as avós...
Mães de amigos e amigas daqui e dacolá,
Mães que se tornam mães de suas mãezinhas...
Mães da minha família inteira e de todas as famílias,
Mães satisfeitas, mães agradecidas, carinhosas mães,
Mães que perderam Mães, mães que subiram aos céus...
Sei que todas merecem, não só um Dia Especial,
Pois, são MÃES muito mais 
que 365 dias por ano!!!!
Venho aqui lhes desejar do fundo do meu coração:
Muitas felicidades, muita saúde, 
muita energia e toda paz...
Principalmente, muita paciência 
e Amor por toda vida e além,
para que sejam todas abençoadas Mães!

quarta-feira, 8 de maio de 2013

DIGA-SE: DE PASSAGEM, por João Maria Ludugero




Meu eu-poeta vibra com o tempo a passar...
Passadiço num dos pensamentos mais físicos 
e matemáticos da existência. 
Eis que o tempo, que tem o poder da infinitude, 
se reencontra, em nós, afoito sob o poder libertador, 
simples e cíclico da existência que, em todos os sentidos, 
tem o poder de acordar, esquecer, acordar, 
esquecer dentro e fora de todas as luas 
e sóis alvorecidos... a penumbra e a luz 
desde a pura essência do porvir. 
Então, o tempo, posto que infinitude, 
fica eterna criança e não entende, 
como um simples ser humano 
tem o poder de, finalmente, 
na passagem natural, tudo esquecer 
e também matar outros que ficam. 
Há pessoas capazes de assim passarem 
no tempo adiadas, sob o entulhar de penas reverdecidas 
ou envelhecidas dentro do encosto do dia-após-dia 
a se escorar nas dádivas do mundo, 
tudo num lusco-fusco 
advindo do sobejar do tempo.