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sexta-feira, 17 de janeiro de 2014

ESPLENDOR, por João Maria Ludugero

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ESPLENDOR,

por João Maria Ludugero

Ao amanhecer,
Abrace-se mais demorado,
Alongue o corpo e o espírito
Abra-se com as janelas,
Desabotoe-se com as cortinas
E deixe o fascínio do sol entrar
Devagar pelos poros, 
Pelas veias, capilares e narinas
Até a sentença das sombras se dissipar
Na presença dessa intensa luz
Que acenderá a aquarela
A iluminar todos os vãos da casa.
Agora, toda iluminada a mente,
Deixe sua vida correr solta,
Parecendo uma criança alada
Com raios de sol em sua trança,
Com o sol a contemplar sua dança
Livre de toda e qualquer amarra,
Ao som de uma solene cantiga 
Que só toca dentro da sua cabeça, 
E que só conduz ao mais completo êxtase!

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