ASAS DO TEMPO, por João Maria Ludugero.
Acordam no peito as asas do tempo
Em palavras atadas à porta da estrada
Da boca calada de alentos, pendurados
Nas vagas agitadas dos olhos sedentos
Acordam no peito as nuances do sonho
Ensejado pela cantiga do bem-te-vizinho
Recai nas mãos delineando-se em grito
Nas rasuras infindas da mente tangível
Dentro e alto dos nichos da Várzea-RN
Acordam no peito as cores do meu poema
Em palavras animadas nos lábios rubros
Em frases arqueadas pelo sabor do gosto
Degustando na pele ávida de fonemas...
E acordam no meu peito as asas do tempo,
Feito folhas laranjas soltas no vento, nuas!
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