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quinta-feira, 24 de dezembro de 2015

CILA, por João Maria Ludugero


CILA,

por João Maria Ludugero.

Ficava que ficava lotada de cansaços.
Ansiava viver do seu modo,
Mas, quando menos percebia,
Estava lá a fazer tantos serviços.
Esforçava-se a agradar os outros.
E os varzeanos?
Nunca se contentavam, é claro.
Um dia, Cila virou nuvem, além do Vapor,
Foi embora nossa Amiga Otacília Marreiro,
Grandiosa Mãe de Carlos Alberto, que ficou órfão,
E de coração partido, a chorar profundamente tamanha perda.

E Otacília, disfarçada de vento, foi morar no andar de cima,
Fugiu para atrás de outros céus,
Bem além dos Ariscos dos Marreiros.

E os outros conterrâneos, que se contentassem, ou não,
Ficaram, então, sem Cila, sozinhos.
Cila, que nunca estava farta!

Cila,que jamais arredou o pé da lida,
Cila, querida Mãe, grande e bondosa Amiga de todas as horas,
Sempre a ajudar o próximo, mesmo estando de longe,
Como que ajudasse a si própria!
Quantas e tantas saudades passadas a limpo,
Ó inesquecível e querida Amiga Otacília Marreiros!
De certo, estais em paz com Deus!!!