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segunda-feira, 24 de março de 2014

POETA LUDUGERO, por João Maria Ludugero


POETA LUDUGERO,
por João Maria Ludugero

Careço ser astuto poeta
Para ser eu mesmo
Sou grão de lajedo
Sou o vento que o desgasta
Sou pólen de alma em flor
Sou mais que atrevido colibri
Sou areia desenhando o curso
Que se expande além do leito do rio Joca

Existo onde me contemplo arteiro
Aguardando pelo meu passado
Ansiando a esperança do futuro,
Eu me completo de presentes
Ao ganhar o mundo que me solavanca
Ao fazer o poema que amor tece, renasço!



DALVA: MINHA ESTRELA DA VIDA INTEIRA! por João Maria Ludugero

DALVA: MINHA ESTRELA DA VIDA INTEIRA!
por João Maria Ludugero

Estrela, minha estrela Dalva,
Ao redor do lume aceso,
De sentinela, em claridade,
Todos ficamos a olhar...
Todos não, não somos todos,
Porque há vazio um lugar.

Esse lugar era o dela,
Que ninguém mais preencheu.
Mesmo com vida, na terra,
Minha Mãe era uma estrela no céu!


sábado, 22 de março de 2014

LUDUGERÁVEL POETA, por João Maria Ludugero


LUDUGERÁVEL POETA,
por João Maria Ludugero

NÃO SÓ DE MANJAR OU CUBAR A LIDA,
A POESIA SE DESPIU DE MIM...
OU SERÁ QUE FUI EU QUE ME VESTI DELA?
SINTO QUE SOU PALAVRAS, VERSOS, ESTROFES.....
NÃO SOU MAIS CONSTITUÍDO DE DESERTOS...
NEM DE SILÊNCIOS.....OU MONÓLOGOS.....
SOU A EXPLOSÃO DE SENTIMENTOS CONSENTIDOS.

SOU A FORÇA DO VERBO AMAR....
SOU A SAUDADE QUE ESCORRE NOS OLHOS MAREJADOS
SOU A DOÇURA DA PALAVRA BENDITA...
SOU ALMA EM EBULIÇÃO, QUE TRANSPARECE VIDA.....
SOU ALADO, SOU PÁSSARO EM VOO RASANTE....


SOU O VENTO ERRANTE DANDO VOLTAS EM CÍRCULOS....
SOU O MUNDO....INTEIRO DESDE O INTERIOR.

SOU O RISO, SOU O CHORO INFINITO...QUE FORMA RIOS...
SOU A EIRA DO CAMINHO, A LUZ NO FIM DO TÚNEL.
AH, SOU UM BEM-TE-VIZINHO DENTRO DA CANTIGA,
SOU AQUELA LATA DE GOIABADA JÁ VAZIA
DEPOIS DA SOBREMESA 'ROMEU E JULIETA'
PERFURADA NO PREGO PRA VIRAR PENEIRA
DE AFINAR FARINHA OU COAR SUCO DE MILHO-VERDE
PRA FAZER CURAU COM LEITE DE COCO...

SOU UM CORAÇÃO QUE PULSA SANGUE AZUL,
LAVRA E ESPALHA PALAVRAS NA MINHA VEIA AORTA...
SOU A PONTE, O CAIS E A CALMARIA....
SOU O GRITO, DO MUDO....
DO CEGO O OLHAR QUE SABE SENTIR DEUS,
SOU O CICLO RECICLADO NAS BERMAS
SÓ PRA GANHAR O MUNDO A CORRER DENTRO,
SOU POESIA QUE ENTENDE TUDO...OU NADA.

SOU A CONVERSA QUE ARRIMA O UNIVERSO SEM RIMA,
COM VERSOS DE AMOR ME ESBUGALHO
SOU A CHAMA QUE AQUECE A MENTE...
SOU EU VARZEAMADO, SAINDO DE MIM,
SÓ PRA DESOPILAR O CANTO DO TÔ-FRACO
DEBAIXO DO FLORESCIDO JASMINEIRO...

SOU A CLARIDADE ESPIRITUAL...
SOU A PÁGINA, O LIVRO A SER LIDO E RELIDO,
A POESIA VIVA SE ENCONTRANDO NO MEU SER.
SOU AS TINTAS, QUE NÃO ME CABEM SÓ O CORPO...
A POESIA MINHA ROUPA ME TINGE EM AQUARELAS...
MEU ÂNIMO ESTREMECE AO VER TUDO IR PARA O PAPEL....
SOU A INSPIRAÇÃO DO DIA, SOU POESIA EM CANTO....
MEU OLHAR JÁ NÃO É SOZINHO, NO MEU AMAR-ELO
TENHO TANTO PARA TRANSPORTAR COM AFINCO.
TENHO MÃOS E BRAÇOS FEITO ASAS QUE ME LEVAM
AONDE MEU SENTIMENTO ESTÁ CONTIDO.
TENHO A POESIA ME DESPINDO TODAS AS HORAS....
E ME ENTREOLHAM A ME ILUMINAR NA LIDA ESPAIRECIDA.

SOU TRANSPARENTE, MEU INTELECTO ESTÁ ALIADO AO CORAÇÃO.
DE MIM, FAÇO SOLENE CANTIGA, SOU COMPANHIA, SOU AMANTE.
CHORO MINHAS DORES, COM TANTAS LETRAS AMORTECIDAS....
SOU INDOMÁVEL, GANHO FORÇA NA QUEDA FEITO ÁGUA,
SOU DE TODAS AS FONTES UM AFLUENTE DO RIACHO DO MEL...

SOU A VIDA QUE DESCORTINA, ROUPAGEM, ESSÊNCIA DE TUDO...
SOU AGORA O CENÁRIO, A PAISAGEM EM MOVIMENTO.
LEVO NO VENTO O TRILHAR DO INFINITO A CONTENTO.
LEVO AO MUNDO...A CORRER DENTRO E ALTO,
A PALAVRA, QUE PEDE URGÊNCIA....
EM SAIR DO MEU PEITO...
SOU A PLENITUDE DO TEMPO...
ETERNIZADO NO INSTANTE...
SOU POESIA ME ANIMANDO
E ASSANHANDO ATÉ OS PELOS DA VENTA...
ME FECUNDANDO EM GERMINAÇÃO,
ENRAIZANDO PALAVRA NA TERRA...
SOU TODO FÉRTIL E ÁVIDA SEMENTE...

FALO SOBRE TUDO QUE COMPÕE O LABIRINTO...
EM VERSOS SIMPLES, TRANSPONHO OCEANOS..
DIVAGO ABSORTO EM CADA SER FORA DO ENTE...
LARGO DE MIM...O QUE A POESIA PROVOCA....
SOU ONDA, SOU MAR...E SOU APENAS RIO
A DESAGUAR INTEIRO EM MEU SORRISO
DE MENINO LEVADO DA BRECA...
ME RENDO À POESIA...
QUE ME INVADE A SER VELHO MENINO...
NÃO SEI MAIS SER SÓ EU...MULTIPLICO-ME...
JUNTO E MISTURADO
IDEALIZO POESIA QUE ME EXORCIZA OS MEDOS DA CUCA
ILUMINANDO O ÂMBITO DA VIDA OÁSIS-MEADA
NA IRIDESCENTE LUZ INFINITA QUE ABRIGA MEU PEITO,
SEMPRE QUE MEU PENSAMENTO VIRA VERSO....


BRASÍLIA, por João Maria Ludugero

BRASÍLIA,
por João Maria Ludugero.


Nunca
Deveríamos temer
O nunca mais
O desprendimento
Nos faz pássaros
Voando a contento...
Eternamente
Na mente astuta
A vagar no azul
Do céu de Brasília!

sexta-feira, 21 de março de 2014

NEGATIVO, por João Maria Ludugero

NEGATIVO, 
por João Maria Ludugero


De repente, 
Aquele alvoroço
Todos correm, 
De súbito, 
Ao se aglutinar 
Fazendo pose 
Para a fotografia. 
-Olha o passarinho! 
Saiu todo mundo, 
Caras e bocas escarnadas, 
Sorrisos em flashes, 
Dentes clareados no "giz",
Olhos puxados ao vermelho, 

Mas ninguém quis se revelar.

LUDUGERO DIANTE DA SAUDADE, por João Maria Ludugero

LUDUGERO DIANTE DA SAUDADE, 
por João Maria Ludugero

Ludugero diante da Várzea
(Instância interrogativa).
Singela e pacata cidade. 
E infinita: a vida.

Quatro bocas: 
Rua da Pedra,
Rua do Arame,
Rua São Pedro,
Rua Nova, 
Ludugero se contempla
(Varzeamado).

No estatuto da memória: 
Ávido ele se interroga.
(Sempre mais a ação.)

Na praça do Encontro: 
A frondosa algarobeira verde se estende.
Tempo: foram-se a velha infância, juventude, becos,
Lenço de enxugar saudades pela rua Grande.
(Várzea: sou apenas um homem entretido nesse lugar)
Desterrado?
O instante convertido em sempre?

Aquilo que está escrito no coração 
Não necessita de agendas ou alertas
Porque a gente não esquece…
O que a memória ama fica eterno.
O Ludugero em face dos sonhos em acordes 
Vive a desenhar sem borracha,
Diante do amor a sua Várzea.

quinta-feira, 20 de março de 2014

A BELA E ETERNAMENTE NATAL, por João Maria Ludugero

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A BELA E ETERNAMENTE NATAL,
por João Maria Ludugero

Que bela terra possante e estelar,
Dona do maior cajueiro do Brasil,
Das dunas, do sol e bonitas praias...
Lugar de criaturas boa praça,
Onde carregam o lema: Seja bem-vindo!
Natal! Não tem verão melhor...
Aconchegante e cheia de encanto e magia,
(Des) compromissada com a tristeza,
Mas comprometida com ávida alegria.
Gente feliz e bastante extrovertida.
Mulheres pra frente e também faceiras...
Valorizam a natureza e arquitetura dessa capital,
Que os turistas não cansam de visitar.
Cidade de Natal, eternamente bela...
Do clima tropical e de vasta aquarela.
Ninguém no mundo se cansa de vê-la,
Sensação viva de quem da morte não tem pressa,
Terra abençoada de Felipe Camarão
O índio Poti, além dos papa-jerimuns!

O HOMEM POR INTEIRO, por João Maria Ludugero

O HOMEM POR INTEIRO,
por João Maria Ludugero

Hoje não tenho vergonha
De dizer que choro. E choro mesmo!
Não me importa o pensar torto
De outrem a dizer que é sensível
O homem que gosta de flor.
Elas me fascinam, as flores.
Eu dou o braço a torcer,
Confesso: quando preciso,
Debulho-me em lágrimas.
Quando sinto saudade,
Marejo os olhos ao cair da tarde.
Eu me assumo: sou poeta!
Eu gosto da vida. Eu sou de carne e osso.
Eu tenho um coração que sente.
Nunca minto pra mim mesmo:
Se carecer, boto a boca no mundo
E choro, doido por um cafuné.
Choro por um dengo, por um beijo
Pra curar meu coração machucado.
E funciona: Acabo menino de bem com a vida
A cavalgar pelas calçadas da rua grande,
Querendo roubar um pingente de lua
Só pra enfeitar teu colar de prata
Feito homem inteiro a correr
Num galope rasante a encostar
Minha vida na tua, sem medo
De que tudo venha desabar amanhã,
Ao desapear da tal burrinha da felicidade!

QUE MARAVILHA DE LUGAR: BONITO-MS! por João Maria Ludugero

 
 
 
  
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

QUE MARAVILHA DE LUGAR: BONITO-MS!
por João Maria Ludugero

Não só de manjar Bonito-MS,
Da paz que em teus rios a gente encontra
Na contemplação da paisagem pantaneira,
Da presença tão bela de iridescentes peixes,
Das aves em sua algazarra costumeira
Quando o sol no horizonte se desponta.
Dos momentos de descanso prazeroso,
No sentir da paz que se faz infinito,
Nas grutas e nos balneários de Bonito,
Nas águas cristalinas de um lugar formoso.