IRIDESCENTE COLIBRI,
por João Maria Ludugero
Ser bico, em calda; manjado a contento,
E cenário da tua língua bailarina.
Ora colibri, anjo-guardião, ora diabo, ora vislumbre,
Iguaria que degustas com encantamento.
Ser enigma de tudo; ser enredo iridescente,
Nicho reverdecido de ânimo a correr dentro.
E se adestrares a minha alma em flor
Serei oásis-meada água à sombra do juazeiro.
E tu, que me és? sorriso em pétala?
O último clarão na tarde amena ao lusco-fusco?
Arauto, anjo-de-guarda? quimera, talvez?
Talvez ponte suspensa do arco-íris a me ninar a tarde
Que alaranjada reluza, sem alarido ou flamejante alarde,
Que a manhã, criatura, branda a espada argêntea
Que espanta as trevas do horizonte além...
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