VÁRZEA-RN E O PEQUENO PARQUE DE DIVERSÕES,
por João Maria Ludugero
Eu bem sei que podia não ser o maior nem o melhor,
Mas adentrava nele durante toda minha infância.
Tapiocas, sequilos, brotes, canas-caianas, pitombas,
Algodões-doces, puxa-puxas, cocadas e quebra-queixos
Derretendo dentre meus assanhados e pequenos dedos.
Pipocas estourando todo tempo,
E me fazendo esbugalhar de alegria
Pela Várzea das Acácias de Silva Florêncio!
As balanças do parquinho
De Seu João ali na rua São Pedro
me faziam olhar e ver o céu inteiro.
No vai-e-vem aos fantásticos remelexos
Que me davam muito medo, mas eu adorava!
As cadeiras/canoas eram algo mágico!
Muitas estripulias alegremente no reino encantado.
Os olhares de um magote de crianças alarmadas
E a gente ficava satisfeito de rodar ao vento,
Tanto assim que era um estrondo
Ficar naquele tonto alvoroço!
Ah! Respirar este ar de felicidade!
Voltar a ser criança e fantasiar os acordes de sonhos,
Sentir todas aquelas emoções novamente,
E me encher de alegria com o arremesso da balança!
Mas desta vez o que me traz aqui?
Não sei se a danada da saudade, a correr dentro,
Ou se ainda anseio pelo balanço de outrora.
Só sei que um pedaço de mim ainda se lança afoito
A voar dentro e alto nas balanças de Seu João.
Gostaria de saber que instalação-baloiço é que aparece na imagem? Obrigada.
ResponderExcluirAna, não sei dizer qual seria o nome especifico, definitivamente não sei. Eu sempre o chamava de balanço, e é o que ele é. Era bastante comum em festas de ruas do interior do nordeste, ainda encontro em algumas festas aqui no interior de Pernambuco, mas está cada vez mais raro.
ExcluirO funcionamento é simples, senta-se 2 pessoas na barca, uma em cada extremidade, e com o auxilio de uma corda amarrada no topo e com um pouco de força, logo-logo e você fica tonta.
Enfim, ver essa imagem me trouxe boas lembranças da minha infância.
Abs..
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirNa minha cidade de Batalha, Norte do Piauí, chamávamos essas barcas de CANOINHAS. Pra parar, o operador usava uma tábua com tira de pneu de caminhão para raspar o fundo da canoinha e assim fazer parar sem desgastar a madeira. Belas recordações....
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