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segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

VÁRZEA-RN E O PEQUENO PARQUE DE DIVERSÕES, por João Maria Ludugero

VÁRZEA-RN E O PEQUENO PARQUE DE DIVERSÕES,
por João Maria Ludugero

Eu bem sei que podia não ser o maior nem o melhor,
Mas adentrava nele durante toda minha infância.
Tapiocas, sequilos, brotes, canas-caianas, pitombas, 
Algodões-doces, puxa-puxas, cocadas e quebra-queixos
Derretendo dentre meus assanhados e pequenos dedos.
Pipocas estourando todo tempo, 
E me fazendo esbugalhar de alegria
Pela Várzea das Acácias de Silva Florêncio!

As balanças do parquinho 
De Seu João ali na rua São Pedro 
me faziam olhar e ver o céu inteiro.
No vai-e-vem aos fantásticos remelexos 
Que me davam muito medo, mas eu adorava!
As cadeiras/canoas eram algo mágico! 
Muitas estripulias alegremente no reino encantado.
Os olhares de um magote de crianças alarmadas 
E a gente ficava satisfeito de rodar ao vento, 
Tanto assim que era um estrondo 
Ficar naquele tonto alvoroço!

Ah! Respirar este ar de felicidade!
Voltar a ser criança e fantasiar os acordes de sonhos,
Sentir todas aquelas emoções novamente,
E me encher de alegria com o arremesso da balança!

Mas desta vez o que me traz aqui?
Não sei se a danada da saudade, a correr dentro,
Ou se ainda anseio pelo balanço de outrora.
Só sei que um pedaço de mim ainda se lança afoito
A voar dentro e alto nas balanças de Seu João.

4 comentários:

  1. Gostaria de saber que instalação-baloiço é que aparece na imagem? Obrigada.

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    Respostas
    1. Ana, não sei dizer qual seria o nome especifico, definitivamente não sei. Eu sempre o chamava de balanço, e é o que ele é. Era bastante comum em festas de ruas do interior do nordeste, ainda encontro em algumas festas aqui no interior de Pernambuco, mas está cada vez mais raro.

      O funcionamento é simples, senta-se 2 pessoas na barca, uma em cada extremidade, e com o auxilio de uma corda amarrada no topo e com um pouco de força, logo-logo e você fica tonta.

      Enfim, ver essa imagem me trouxe boas lembranças da minha infância.

      Abs..

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  2. Na minha cidade de Batalha, Norte do Piauí, chamávamos essas barcas de CANOINHAS. Pra parar, o operador usava uma tábua com tira de pneu de caminhão para raspar o fundo da canoinha e assim fazer parar sem desgastar a madeira. Belas recordações....

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