Sem meio não há ambiente inteiro.
O homem muda o mundo.
Evolução?
Não adianta camuflar
os sentidos aos choques,
tapar os ouvidos,
fechar os olhos à situação
onde imperam as afiadas
e cegas
serras elétricas do progresso.
E a boca calada provoca desequilíbrio.
Silêncio que cala consente
a derrubada da mata.
Se a boca é muda,
desmata-se, a mata é morta.
Morre o rio assoreado,
estanca o ribeiro.
E adeus ao mel do riacho,
que perde seu curso,
eiras e beiras.
É morte certa. O rio seca.
Catástrofe. Impacto ambiental.
A natureza poluída chora
suas perdas. Efeito?
Então, respire fundo...
inspire essa ideia, estufe o peito,
abra os pulmões,
abrace essa causa, agora-já!
Mexa-se e grite: alto lá!
Carecemos salvar
o que resta
do resto do mundo!
serras elétricas do progresso.
o que resta
do resto do mundo!
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