MÃE, QUE SAUDADES DE TI, DONA MARIA DALVA!
por João Maria Ludugero.
Jura-me de uma vez por todas,
Eu ainda quero bem-te-vizinhos na nossa janela,
Brisa primaveril acordando as cancelas do quintal,
Cheiro de cuscuz de fubá de milho zarolho ao leite,
Sobressaltando as minhas narinas à ventania
Ou o cheiro do bule de café na mesa da cozinha
Repleta de bolachas regalias, soldas e sequilhos,
Lembrando-me que as nove horas teriam um fim.
Prometias-me:
A tua mão na minha mão;
O teu cafuné na minha cabeça,
A tua cantiga que me acalmava
Até espinhela caída em algaravia...
Tua canção que me ninava,
Teu beijo que me consolava,
Tua palavra que me animava...
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