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quinta-feira, 2 de janeiro de 2014

MÃE, QUE SAUDADES DE TI, DONA MARIA DALVA! por João Maria Ludugero

MÃE, QUE SAUDADES DE TI, DONA MARIA DALVA! 
por João Maria Ludugero. 

Jura-me de uma vez por todas, 
Eu ainda quero bem-te-vizinhos na nossa janela, 
 Brisa primaveril acordando as cancelas do quintal, 
 Cheiro de cuscuz de fubá de milho zarolho ao leite, 
Sobressaltando as minhas narinas à ventania 
Ou o cheiro do bule de café na mesa da cozinha 
Repleta de bolachas regalias, soldas e sequilhos, 
Lembrando-me que as nove horas teriam um fim. 
Prometias-me: 
A tua mão na minha mão; 
 O teu cafuné na minha cabeça, 
A tua cantiga que me acalmava 
 Até espinhela caída em algaravia... 
Tua canção que me ninava, 
Teu beijo que me consolava, 
Tua palavra que me animava... 
Mas que saudades de ti, dona Maria!

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