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segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

FASCÍNIO, por João Maria Ludugero.

FASCÍNIO,
por João Maria Ludugero. 

Mesmo agora longe do teu abraço, 
Ainda assim me sustento, 
Nele me asseguro, sinto firmeza, 
Desamarro nos teus laços meus temores. 
Apanho-me, atrevido ao arrebatamento. 
E assim, sem tirar os pés do chão, 
Viajo dentro do alto, horizonteio-me, 
Dedico-me a contemplar essas coisas 
Que me completam e me dão prazer: 
Sinto-me livre, leve e solto ao beber 
No céu da tua boca de suaves licores, 
Sinto o beijo da brisa 
Que passa por mim, e fica 
Como chuviscos a cair 
Cheios do céu, de súbito, 
A desnudar meu corpo 
Vestido de contente, 
Sinto-me a andar com asas, e consigo, 
Piso descalço na areia morna do rio, 
Ardente, agarro o sol com a mão 
Num belo fim de tarde 
Que alaranja o céu... 
Sim, a essas coisas pequeninas dou cabimento, 
Pois elas caem como chuva com sol radiante 
A me ninar em cores fascinantes, 
A banhar minha alma de enorme paz!

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