COLIBRI NO CALIBRE DA ALMA DE FLOR,
por João Maria Ludugero
Quando rio,
Até no riacho
há primaveril explicação.
Mas, que bom seria me achar
assim oásis-meado em êxtase
se esta flor estivesse
bem aqui do lado,
cândida e consentida.
A poesia é um pouco dessa estação
que me arrima latejante.
É como rio a escorrer no corpo
de quem está seco em desvario.
E o poeta se transfigura em verso
com bem marejado afinco,
reflexo da busca na estação
do arredar ao esbugalhado estio,
Na medida do impossível,
desapeado ao esfiapar das nuvens:
- Sou o eufórico colibri da palavra
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