Autor: João Ludugero
O sol da minha Várzea
hoje nasceu morno, manso e triste
a anunciar a partida
de Seu Nezinho Anacleto,
o pai do Joca, do Quincas
da Joana D'arc e da professora Vilma
e avô do João Victor e do Tomazinho
Sol mole, preguiçoso,
abre um olho na estação da vida
nuvens esfiapadas no céu
prenúncio da saudade,
que já toma seu lugar
nuvem de lágrima caindo
a se debulhar na casa de dona Suli
O adeus se derrama pelo chão
sedento daqueles passos de 88anos,
que cobriam o vazio que ora fica nesse chão.
Os dias vão passar.
Sua história de vida ficará nessa terra
de madrinha Joaninha Mulato,
a conceber memórias de eternas raízes
Os dias vão passar.
E neles permanecerá sua lembrança viva,
no peito dos que te amarão pra sempre.
O barco levando seu comandante Nezinho,
que iluminadamente
acha-se repleto de paz
num reino de muita luz
E o comadante está lá
feliz ao lado do Pai, e diz:
Sigam, meus filhos, vivam suas vidas,
Vamos em frente,
que um dia nos encontraremos!
O barco vai, segue seu destino,
um reino de intensa luminosidade
e o comandante Nezinho,
lá se foi encontrar com Deus,
e o barco desaparece além do céu varzeano,
desaparece a vela.
o comandante, não, este nunca será esquecido;
que não se esvazia nunca
no coração da gente!
Caro Poeta João Ludugero, você realmente é surpreendente com sua poesia até nas horas mais difíceis da vida. Como sabe muito bem lapidar as palavras e transformá-las em versos de acalento e apoio. Sua poesia nos aconchega, nos dá ânimo para continuar acreditando na vida e nas suas variadas estações, seja na partida ou na chegada. Grande poeta é você, qe nos enxuga as lágrimas e nos acalma o coração com seus textos pra lá de fantásticos e repletos de amor pela sua gente varzeana. Parabéns, poeta de Várzea! Obrigado,pela linda homenagem ao Seu Nezinho. Isso tudo ficará na memória e no coração do povo varzeano.
ResponderExcluirAbraço carinhoso, Ana.