INFINITUDE,
por João Maria Ludugero.
Teus olhos multicoloridos
Me dizem que vai haver dias novos
Que hão de vir me buscar,
Antes que o mundo acabe.
Eles me levarão por caminhos
Que não sei ainda horizontar.
Teus olhos me dizem das linhas
Das minhas mãos, da vida
Que tem de ser tecida, a contento,
Além do tato das promessas
Que ganham fuga no tempo
Dos teus olhos,
Feito um colibri a adejar a flor
Ao se demorar na inclinação perfeita
A colher o dia em néctar de bromélia.
Assim é a poesia que me 'oásis-meia' o deserto
Advinda dos teus olhos de bem-me-quer...
Teus olhos de candeeiro, de pronto,
Bem sei que os levarei comigo
Quando o mundo explodir, na hora h,
E do alto de tudo ainda vou poder olhar
E ver que sobrevivi sem cansaço ao crepúsculo,
Que ainda estarei disposto a pulsar,
Depois de tantas luas,
Porque eu sei, meu amor, dos teus sóis.
Neles posso enxergar, com ou sem eclipse,
Porque o lume dos teus olhos é infinito!
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