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domingo, 5 de outubro de 2014

SINGELOS VERSOS IMPRESSIONISTAS, por João Maria Ludugero

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SINGELOS VERSOS IMPRESSIONISTAS,

por João Maria Ludugero

Faz algum tempo, lá na Várzea das Acácias,
meu pai Odilon Ludugero pintou a casa toda de cal branca,
espairecida dentre energizantes amarelos e verde-cana-caiana,
repleta de lembranças de um tempo de jardim todo florido
em aromas elevados em canteiros de espadas-de-São-Jorge,
comigo-ninguém-pode, caládios, hibiscos, beldroegas, onze-horas
e jasmim-manga, com detalhes dourados ou alaranjados brilhantes
pelas platibandas além das quatro-bocas da rua grande,
de alpendre verde-musgo pelas arredores e varandas...

Por muito tempo moramos numa casa
toda caiada e alegre não só
de manjar, como ele mesmo dizia,
constantemente a me ninar em estripulias
desde o amanhecer a correr dentro e alto na astuta lida
pela tarde amena até chegar o anoitecer iluminado pela possante
e terna estrela Dalva da nossa vida inteira.


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