Do ponto de partida,
Sofia aprende a ser prostituta,
Só pra ganhar a vida.
Ela não sonha alto ao subir no salto.
Ela dobra a esquina sem escolha.
Ela roda a bolsa, se apruma como pode
Ao meio-fio da venda,
Fazer a corte lhe custa
Os olhos da cara.
Desde menina nunca havia sonhado
Com nada parecido: a vida nua e crua.
Debaixo da ponte ou do viaduto
Presa fácil, cai na lida,
Desvenda a coragem na rua,
Suficiente para entregar a carne
Antes que venha a vida afiada
E, num toque de caixa, confisque a sua!
... e ainda há quem diga ser vida fácil!!
ResponderExcluirUm poema marcante do mais antigo comércio - o corpo - a vida!
[ ] Célia.