EU-MENINO, MINHA VELHA INFÂNCIA
(ÁRVORE GENEALÓGICA: LUDUGERO-PACHECO-SILVA),
por João Maria Ludugero
No terno colo da mãe Maria Dalva
A criança vai e vem
Vem e vai
Balança que não cansa
Aos olhos do pai Odilon Ludugero...
Aos olhos da avó Maria Francisca,
Aos olhos e rezas da avó Dalila...
Bem vai adiante,
A correr dentro,
Vai e vem
Dia-após-dia,
Avança
A nova esperança
Aos olhos do avô José Ludugero,
Aos olhos do avô José Pacheco...
Ao sonhado porvir,
Sorri a mãe,
Sorri o pai.
Maravilhado
O rosto puro
Da criança
Se esbugalha,
Vai e vem
Vem e vai,
Balança
No vir a ser.
De seio a seio
A criança
Em seu vogar
Ao meio do presente
Do colo-berço
Balança.
Balança a remar,
Rio a desaguar
De contente
Feito o rimar
De um verso
De esperança.
Depois quando
Com o tempo
O Menino
Vem crescendo,
Aos magotes
Vai a esperança
Renovando.
E ao levantar-se de vez
Fica a exata medida
Da lida
Da vida
De um nordestino.
Eu sou menino
Levado da breca,
Arteiro e medonho
Potiguar da gema
Da esperança
Na vida adiante
Faz certeza
Conseguida.
Só nessa vontade
Alcança de vez
A esperança reverdecida
A cada instante da humana realidade.
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