Ah, Meu rio Joca,
oh, meu riacho da Cruz
Oh, meu rio de Nozinho
de onde vens, que acumulas
afluentes de velhas esperanças novas
poço cheio de tanta saudade
Que emerge desde lá
do meu tempo de criança
brincando nas tuas águas,
onde o vigor faz a dança
onde o vento faz a curva
onde o Vapor toma forma
Hoje carrego comigo
tua imagem esparramada
no verde que beira o rio
e se alastra no coqueiral
a dentro, em banhos
de rio e cacimba,
de rio e cacimba,
perfeitos banhos de bica,
água apanhada na cuia
dentro da minha lembrança
É doce falar de ti,
meu rio de água salobra!
Rio Joca, rio Joca,
riacho da minha Várzea
tão repleto, rio de mim
das mais diversas histórias
onde o poeta registra
sobre o livro de memórias
a beleza do seu povo varzeano
revestida de mil glórias!
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