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quarta-feira, 21 de julho de 2010

ROTA

autor: João Ludugero

belo como sonho e, fato, é isso:
deparo-me com o açude,
fecho meus olhos

sonho acordado
lembrando o Calango


eu sinto remoer 
no peito uma dor
é a saudade que chega
é o resumo das boas lembranças
que tenho da minha Várzea
 

pra minha saudade
não há despedida,

acordo sozinho,
saio do ninho,  

contemplo o cenário 
percorro a Vargem 
aprendo a voar
e vou, pro ar, 

eVAPORar...
canário de chão,
alma de passarinho!

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