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domingo, 11 de julho de 2010

RAÍZES


rua grande
rua nova
rua da matança
rua do arame 
rua Antonio Rosa
rua do Cruzeiro
rua São Pedro
Travessa Brasiliano Coelho
rua mateus Joca Chico 
rua tal
e o sol
pendurado num varal
amanhece

nunca mais solidão
o açude Calangou-se
em meu coração
dourada a luz 
do crepúsculo
bonito por de sol 
alaranjado 
 

verão das seis
ensolarado 
calda esparramada
no Vapor da hora do 'angelus'
Ave-Maria, cheia de graças
de Bentos
de Nenas
de Ninas
de Nucas
de Querubinas
de Nanucas
de Carmosinas
de Albanitas
de Santinas
de Claudinas
de Dalilas 
de Joaninhas
de Marreiros 
de Mulatos
dos Caicos 
de Belos
de Pegados
de Anacletos

vai pela mão do tempo
meu coração a gosto 
buscar no vão da memória
ensoldecida razão
para fazer esses versos
simplesmente 
para o registro desse amor
pelas coisas da terra
pelas suas raízes,
pelo resgate preciso
da história que fica
da minha gente varzeana
minha pacata gente 
da cidade da felicidade,
banhada de sol aos quatro cantos, 
minha Várzea da Cultura 

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