Autor: João Ludugero
Eu ainda era um menino, um franzino menino varzeano, mas, aos doze anos, o prefeito Silva Florêncio me confiou, como menor aprendiz, a incumbência de tomar conta da Biblioteca Municipal Ângelo Bezerra, situada ali na rua da escola Dom Joaquim de Almeida.
Sinceramente, nunca antes tinha visto tanto livro junto assim num só recinto. Jamais, na minha vida, eu vira tantas letras, tantas obras. Foi sem procurar a cultura, a erudição, o saber, que eles vieram a mim, chegaram ao alcance da minha mão, encarregado de organizar livros e mais livros, responsabilzado na minha lida diária, eu viajei diante daquele patrimônio, corri o mundo todo sem sair de Várzea, dei a volta em sua geografia, conheci muita sabedoria nos livros, avancei na história a partir dali. Curioso, li e reli teorias, dei formas ao que vi... Isto sem nunca ter saído de Várzea! Comecei ali a saber o que era o Rio Grande do Norte, conheci o Brasil, dando a volta ao mundo, com os pés no chão, mas tendo ao alcance da vista números e mapas disposto ali, bem na minha frente; eu que via Várzea como um pequeno ponto no mapa do Brasil.
Várzea, a terra onde eu piso, onde eu sinto, onde eu ando, de onde eu iniciei a percorrer o pouco que hoje sei, mas, ainda estou a caminho, renovando a minha sede de saber. Eu, eterno aprendiz de poeta, escritor varzeano, amante dessa terra abençoada de Ângelo Bezerra, minha querida Várzea, Cidade da Cultura e da Felicidade!
Linda demais a sua história de vida. Uma viagem do mundo das letras para o mundo real.Você é grande cara! Que Deus continue te iluminando, pois você é merecedor, um homem vitorioso. Abraços,
ResponderExcluirAtt,
Arnaldo Pereira