Aqui tem perfume de pitangas
e de terra verde,
solo fértil favorável
ao plantio de bananeiras
olhos d'água, vertentes
vapores do agreste
a visitarem-me a pele.
Aqui a gente é feliz,
de ficar à vontade,
simplesmente a comer
cajus direto no pé,
chupar cana-caiana,
mangas maduras
chupar cana-caiana,
mangas maduras
e outras frutas silvestres.
No arisco de seu Virgílio
o dia parece curto
de sol a sol, de certo,
a gente se aventura
a correr pelos campos,
pelas estradas de terra
sentindo-se donos de nada,
mas príncipes naquele mundo
impregnado de perfume de Várzea.
Quem ainda duvida que felicidade
tem a ver com essas coisas simples?
Acordar nesses dias varzeanos,
desde cedo, apetece a alma da gente
pois são de dar água na boca
de qualquer ser vivente, à beça.
Eis aqui a minha marca do Amor.
Eu acredito nisso tudo.
E esse tempo volta,
sempre que encosto
o rosto no teu peito,
e, de perto, sinto
que te respiro entre beijos.
Sinto tua respiração ofegante,
e fecho os olhos, de súbito.
Poesia doce, seiva da terra, fantástico texto que verte direto do coração do poeta João Ludugero. Muito bom, sensacional! Poesia feita com a alma. Beijos.
ResponderExcluirAna Cláudia Lins
Simplesmente adorável seu poema. Adorei. Magnífico em cada linha, vc é mesmo surpreendente. Valeu! Abs, Lúcia Gomes Petraglia - Taguatinga-DF
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