Já são duas e meia da tarde,
O sol já alaranja o poente,
Assombreando o açude do Calango.
Eu e Antonio Picica de Xinene Paulino
Percorremos as ruas a vender
pastéis de queijo e de carne-seca;
A estas alturas do crepúsculo,
Abimael já afinara as canelas
Desde às quatro bocas da rua grande,
A vender pirulitos no tabuleiro cheio de furos,
Além dos doces de banana e goibada.
.
Não me recordo de quem vendia
Quebra-queixo, puxa-puxa, língua-de-sogra...
Mas havia disso também...
Ah, isso também se vendia.
Eram vendidas tapiocas de coco,
Grudes, beijus, cocadas, docinhos de jaca,
Eram vendidos biscoitos, sequilhos, soldas,
Pães de mel, brotes, queijos de coalho,
Pés-de-moleque, além de castanhas de caju assadas
Bolachas regalias, caldo de cana,
Dindim e picolés de coco queimado,
Sem me esquecer dos famosos bolos de Seu Biga, pai da Edilza.
.
De um tudo se vendia ali
Na minha Várzea das Acácias...
E o tempo-laranja descascava mexericas,
Laranjas-cravo e rolinhos de cana-caiana;
E o tempo-doce-de-coco não enjoava a vida da gente.
.
E o tempo passava lento, lentamente...
Como que a dizer que a vida não precisa de tanta pressa
Como que a nos sobreavisar que viver a vida é assim
Não ameno de amar, não de Amor a menos.
Que a vida ia se deslanchando na tarde amena
Da minha pequena Várzea de Ângelo Bezerra.
.
E de puxa-puxas a outras guloseimas,
De babas-de-moça a açúcar queimado,
De caramelos a balas caseiras de Dona Zidora
A gente ia lambuzando o céu da boca,
Em doces nuvens de algodão-doce!
E eram tantos os manjares a nos deliciar a alma,
A nos embevecer o espírito de coisas simples...
.
E o mel a escorrer pelos quatro cantos da boca
Da Travessa Brasiliano Coelho de Oliveira,
E o cheiro de pão quentinho vaporizando
Toda a cidade de São Pedro apóstolo,
Não escondendo o êxtase de viver com simplicidade.
.
Com açúcar, com afeto, com farinha,
Apesar dos suores e dos pesares,
Toda a maravilha, todo encanto
Que só existe neste lugar
A estas alturas do crepúsculo,
Abimael já afinara as canelas
Desde às quatro bocas da rua grande,
A vender pirulitos no tabuleiro cheio de furos,
Além dos doces de banana e goibada.
.
Não me recordo de quem vendia
Quebra-queixo, puxa-puxa, língua-de-sogra...
Mas havia disso também...
Ah, isso também se vendia.
Eram vendidas tapiocas de coco,
Grudes, beijus, cocadas, docinhos de jaca,
Eram vendidos biscoitos, sequilhos, soldas,
Pães de mel, brotes, queijos de coalho,
Pés-de-moleque, além de castanhas de caju assadas
Bolachas regalias, caldo de cana,
Dindim e picolés de coco queimado,
Sem me esquecer dos famosos bolos de Seu Biga, pai da Edilza.
.
De um tudo se vendia ali
Na minha Várzea das Acácias...
E o tempo-laranja descascava mexericas,
Laranjas-cravo e rolinhos de cana-caiana;
E o tempo-doce-de-coco não enjoava a vida da gente.
.
E o tempo passava lento, lentamente...
Como que a dizer que a vida não precisa de tanta pressa
Como que a nos sobreavisar que viver a vida é assim
Não ameno de amar, não de Amor a menos.
Que a vida ia se deslanchando na tarde amena
Da minha pequena Várzea de Ângelo Bezerra.
.
E de puxa-puxas a outras guloseimas,
De babas-de-moça a açúcar queimado,
De caramelos a balas caseiras de Dona Zidora
A gente ia lambuzando o céu da boca,
Em doces nuvens de algodão-doce!
E eram tantos os manjares a nos deliciar a alma,
A nos embevecer o espírito de coisas simples...
.
E o mel a escorrer pelos quatro cantos da boca
Da Travessa Brasiliano Coelho de Oliveira,
E o cheiro de pão quentinho vaporizando
Toda a cidade de São Pedro apóstolo,
Não escondendo o êxtase de viver com simplicidade.
.
Com açúcar, com afeto, com farinha,
Apesar dos suores e dos pesares,
Toda a maravilha, todo encanto
Que só existe neste lugar
Abençoado de esperanças novas
De dona Tonha de Pepedo,
Na minha Várzea de Silva Florêncio,
Na nossa Terra da Felicidade!
Na minha Várzea de Silva Florêncio,
Na nossa Terra da Felicidade!
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