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segunda-feira, 12 de julho de 2010

BAGACEIRA


passo o tempo,
atiro Seixos
cruzo riachos
atravesso a Vargem
sempre reto,
cabeça erguida 
desfaço meu trajeto
sem peias,
pulo o mata-burro
e não fico cego
apesar dos pesares,
sigo a seta
do meu coração
Vapor vital,
esfumaço
 

a paixão me chama
vou direto
para o Maracujá,
relaxado e calmo
estou na minha Várzea,
vou me lambuzar,
banhar-me no riacho
do mel, de melaço
chupar cana-caiana
e arremessar o bagaço
bem na cara da tristeza

a solidão, essa impostora,  
que não entra em cartaz
na minha vida, se afasta,
não tem vez essa praga
de erva-daninha, parasita,
não a deixo se esparramar 
na minha sala-de-estar

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