VÁRZEA-RN: PELAS RUAS DAS ACÁCIAS DE SÃO PEDRO,
por João Maria Ludugero.
Paradeiros da Várzea das Acácias.
Cai a tarde amena que me nina
Sob as madeixas do arrebol
Com um azul de nuvens esfiapadas,
E a noite, enluarada, enroscada ao sol.
No fio da meada do meu olhar além do horizonte,
Eu, poeta, amante desse pedaço de chão potiguar,
Guerreio da paz e do amor, solto diante da sentinela
De São Pedro Apóstolo, desponto as memórias da lida,
conduzido ao crepúsculo que se esconde sob o açude do Calango.
Aceso, o céu lembra um cenário varzeano,
Saudades balançam nos anéis da estrela Dalva,
Ala do encanto, ala ao mundo interior do poeta João Ludugero.
E o instante é de ouro. Corre, escorre pelas veias vertentes...
E as estrelas são arteiros meninos levados da breca
Que ostentam candeias revigoradas de ávidos lumes
Em redor dum palco que se alastra a ganhar o mundo
Desde o sítio do Vapor de Zuquinha!
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