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quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

A-MAR-ELO, por João Maria Ludugero

 
 
 
 
 
 
A-MAR-ELO,
por João Maria Ludugero

Minhas pernas são água, 
As tuas são lumes 
E dão a volta ao universo 
Quando se enlaçam no voo
Até se tornarem avanços ao sol. 

Eu me animo de te abraçar 
Depois de te apertar aos solavancos. 
E respiro em ti afluente
Para me saciar a sede
E desperto em tua claridade 
Para me colorir inteiro,
Meu sol vertido em lua, 
Minha noite alvorecida. 

Tu me bebes a contento
E eu me converto em oásis. 
Minha pele te veste solene
E ficas ainda mais despida
A me assanhar até os pelos da venta. 

E levito, voo de ávida semente, 
Para em mim mesmo te plantar 
Menos que flor: simples perfume e néctar,
Lembrança de pétala pelo chão de dentro. 

Teus olhos marejando os meus 
E na minha vida, sou rio a desaguar, 
Galgando margens além do desvario 
Até tudo ser Amar-elo ao avanço do sol
Nesse mar que só há depois do A-mar!

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