CATAPLUM!
por João Maria Ludugero
E no cubar da lida, o tempo passa
E o menino do tempo sopra ao vento
E repassa o trem na estação do estio...
E tenebroso!...Pelos trilhos prossegue!
E vai!...Na tamanha solidão da lida!
Ao fim do fadário que persegue
Dentre vaga-lumes e percevejos.
Na estação, o trem ecoa medonho sino!
Retumba em melancólica procela!
E a brisa retumba seca, cai a pino!
E açoita o sereno da tarde amena
Que me eleva ao passado a limpo,
Entretido em janelas que me ninam
A esbugalhar o pensamento ao desvão
Refulgem os trilhos encardidos!
Bem assim seguem compassados!
E se alçam em lágrimas pelo chão
De dentro, a partir do desvario
De um coração em campo minado!
Que embalde ressoa triste, por Deus!
E segue a carga do tempo, carregado
E suspenso a uivar nas lembranças infindas:
E zás! Num cataplum: adeus!!!
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