VOO PELO INTERIOR,
por João Maria Ludugero
Solto-me de ânsias, no limiar do desapego
Liberto-te asa enroscada no meu corpo
Em seiva bruta despetalo-te tão febril
Num abraço profundo em teu adeus...
Descaibo sem asas de anjo-de-guarda
No adejar da tua face num beijo roubado
E estremeces qual flor lançada ao vento
No estio rubro de madrugadas quentes
Reato gemidos num mapear de carícias
No entrelaçado encontro de afoitos bicos
Nas penas esbugalhadas em corpos distantes
E num engenho de versos alados
Reescrevo as páginas do interior
Na suave melodia desta cantiga...
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