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segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

PÉ DE ACEROLA, por João Maria Ludugero

PÉ DE ACEROLA,
por João Maria Ludugero

O sol em avanço queima a pele
A esfolar o verde pé de acerola
Vejo agonia nos teus olhos marejados
Feito alguém que pede parca esmola 
E o desânimo do rosto fica a pigorar
Dentro e alto, num sopro esbaforido, 
Uma rajada de amor tecido em gris
Aos dispostos solavancos da lida...

Na sombra do pé de acerola
A alma carece de brisa calma 
Esperando alguém que consola
E o fruto da acerola em êxtase
Lateja em suores de ácida dor imposta 
Suavizando o vertente calor em tempero 
No ar que descolore e encarna um adeus!

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