PÉ DE ACEROLA,
por João Maria Ludugero
O sol em avanço queima a pele
A esfolar o verde pé de acerola
Vejo agonia nos teus olhos marejados
Feito alguém que pede parca esmola
E o desânimo do rosto fica a pigorar
Dentro e alto, num sopro esbaforido,
Uma rajada de amor tecido em gris
Aos dispostos solavancos da lida...
Na sombra do pé de acerola
A alma carece de brisa calma
Esperando alguém que consola
E o fruto da acerola em êxtase
Lateja em suores de ácida dor imposta
Suavizando o vertente calor em tempero
No ar que descolore e encarna um adeus!
Nenhum comentário:
Postar um comentário