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terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

POEMA DAS JABUTICABAS, por João Maria Ludugero

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
POEMA DAS JABUTICABAS,
por João Maria Ludugero

Não faz muito tempo lá na Várzea das Acácias, 
Sob as frondes da jabuticabeira, aos solavancos
Com uma bacia de ágata ou de flandres,
Alvoreci bilhões de vezes em estripulias
Atirado aos pés de jabuticabas 
Do sítio de Tio João Pequeno.
Hoje, esta árvore, de amplos galhos,
Guarda, como um nicho derradeiro,
O passado da flora varzeana
E as recordações de outrora!

Quando silenciarem todos os relógios
De minha vida e a voz dos paradeiros
Gritar nos noticiários que eu bati as botas,
Voltando à seara da varzeanidade,
Abraçado com a própria eternidade
A minha sombra há de ficar aqui!

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