A BURRINHA DA FELICIDADE,
por João Maria Ludugero
Mas quem um dia irá entender o destino?
E andar com os seus compassos?
E um dia acordar olhando o seu rosto,
E dormir sob as mesmas estrelas,
Depois de tantas luas?
Quando os dias não forem tão silenciosos,
Quando os inexoráveis forem dissolvidos,
Quando se derem compreensões,
Quando formos o que podemos ser.
Quem irá lhe colher flores?
Quem lhe cantará solenes cantigas?
A ventania passando, o vento soprando,
Trazendo e levando o que não é pra ficar.
Daí chegará a burrinha da felicidade
Ela vai deixar as tramelas abertas
Vai limpar os recantos da casa
Quem não tropeçar na soleira
Vai se sentir ao bem-estar,
Entrar e se fazer feliz,
De uma vez por todas!
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