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quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

POEMA DO TEJU-AÇU, por João Maria Ludugero


 
 
 

 
 
 
 
 
POEMA DO TEJU-AÇU,
por João Maria Ludugero

O teju-açu é mais belo que o lagarto que corre pela minha Várzea,
Além do iridescente calango que nomeou o açude,
O teju-açu tem pele verde-musgo ou escurecida ao natural
E caminha pelos Seixos adentro, aos solavancos,
Para aqueles que não o vêem pelo interior,
Também trago na memória outros camaleões...
O teju-açu desce do Vapor de Zuquinha e dispara ao Riachão.
O teju-açu entra pelos ariscos e avança até o riacho do Mel.
E quase toda a gente sabe isso, ao avanço do Umbu
Na meada que desfia os labirintos ao clarão do Itapacurá.
Mas poucos sabem qual é o teju-açu da minha seara
E para onde ele vai
E donde ele vem...
E por isso mesmo porque espairece a minha gente, 
É mais livre e maior o teju-açu da minha terra,
Além do rio Joca se vai a ganhar o mundo.
Para além de terras potiguares há outros horizontes
Mas ao desvario, diferente da fortuna daqueles que não a encontram.
Ninguém nunca pensou no que há para além
Do rio Joca da minha Várzea das Acácias.
O rio Joca da minha Várzea me faz pensar no interior que me completa.
Quem está longe dela, não está só ao pé dela, mas transborda de saudades...

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