PIRRAÇA,
por João Maria Ludugero
Há uma vaca no centro dos Seixos.
Ela fica imóvel num singelo curral
Como uma estátua solene ao sol
Traz uma bela flor no seu dorso.
Um astuto colibri vem beijar a flor;
Um menino levado da breca
Vem que vem mamar nas suas tetas.
A vaca pasta a grama, com ares de graça,
Enquanto o moleque mama e se contenta,
Não só de pirraça afoito aplaude a vaquinha,
Que muge feliz perto da burrinha da felicidade.
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