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quinta-feira, 12 de agosto de 2010

ODALISCA













Autor: João Ludugero

Mas que maravilha
encontrar-me
disposto a vê-la,
sem ressaca
sem marasmo,
exposta a céu aberto

Assim de perto, desnuda
na dança do ventre
no meu vale fértil
na minha Várzea,
onde brota beleza à beça
no cerne do capim grosso,
dentre outras flores e estrelas

Que venhas enfeitar
toda tua trança
com flor-de-lis
enfeitiçar-me de vez,
tirar o véu, que seja
despir-me da tristeza,
rosto colado no meu,
odalisca

Eu sou um ser
bem-aventurado,
constato ao saber
que és, de fato,

minha maria-sem-vergonha
do orgasmo
de ser feliz!

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