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quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

IMPERMANÊNCIA?














IMPERMANÊNCIA?
Autor: João Maria Ludugero

Pensei, pensei bastante
E cheguei à conclusão
de que ao me ir,
Vou-não-vou, a sentença
não sou eu quem decide. 
Mas de uma coisa
eu tenho plena certeza:
Quero ser esse chão
que a semente recebe
E o verde do arbusto

E a raiz que me planta na terra.
Em silêncio e devagar

no escuro, não me desespero.
Devo ser o grito de véspera,

aquele há tempos ressoa
preso na garganta.
Devo ser o sal da lágrima
e do suor, os ecos que ficam,
a pergunta na hora de partir,
o lenço e o adeus...
Mas confesso, não quero
virar estátua ao olhar para trás.
Acredito, isso, poderia sugerir 
descrença e apego,    
ou significar, quiçá
uma promessa ou recomeço!

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