A ter o prazer sem igual
De haver arranhado o céu
Da tua boca mágica,
De haver arranhado o céu
Da tua boca mágica,
Só pra morrer devasso
Sob a tua língua de cobra
Sob a tua língua de cobra
Que me hipnotizava
Com avassaladora música
Feito astuta naja a me encantar
Numa dança pagã, fatal
Que me transportava sem juízo
Direto do purgatório ao céu,
Com avassaladora música
Feito astuta naja a me encantar
Numa dança pagã, fatal
Que me transportava sem juízo
Direto do purgatório ao céu,
Mesmo sem usar minhas asas de anjo,
Mesmo percebendo que dava cupim
Na tua reluzente cara de pau.
Há tempos me reencontrei
Mesmo percebendo que dava cupim
Na tua reluzente cara de pau.
Há tempos me reencontrei
Por entre achados e perdidos,
Reencarnado, fiquei com a pulga
Atrás da orelha, gato escaldado
Não quero mais ser arauto
Daquela paz maquiada ao extremo,
Dessa criatura que estampa
Um descartável sorriso de plástico,
Desses risos frios característicos
De manequins de vitrine ou passarela
Com a face esmaltada de praxe.
Cansei de ser teu reflexo, sem alma,
Quase cópia da tua imagem
De barro pintada, barroca porcelana
Erguida na procissão, levada
Pelas cordas suadas, arrastada
Aos cânticos da paixão
Puxada pelo andor da festa.
Cansei de pagar promessas,
De acender velas, queimar parafinas
De suplicar pra que tirasses
Meu sofrido coração da cruz,
Desatando o que sobrara de nós,
Sem jamais cogitar fosse canonizado,
Reencarnado, fiquei com a pulga
Atrás da orelha, gato escaldado
Não quero mais ser arauto
Daquela paz maquiada ao extremo,
Dessa criatura que estampa
Um descartável sorriso de plástico,
Desses risos frios característicos
De manequins de vitrine ou passarela
Com a face esmaltada de praxe.
Cansei de ser teu reflexo, sem alma,
Quase cópia da tua imagem
De barro pintada, barroca porcelana
Erguida na procissão, levada
Pelas cordas suadas, arrastada
Aos cânticos da paixão
Puxada pelo andor da festa.
Cansei de pagar promessas,
De acender velas, queimar parafinas
De suplicar pra que tirasses
Meu sofrido coração da cruz,
Desatando o que sobrara de nós,
Sem jamais cogitar fosse canonizado,
Pra quê? Se o dispus de graça,
Sem reclamar de qualquer sorte,
Depois, como discordar de ficar
Um bem guardado, relíquia quebrada,
Inerte no quarto das sombras e cacos
Sem reclamar de qualquer sorte,
Depois, como discordar de ficar
Um bem guardado, relíquia quebrada,
Inerte no quarto das sombras e cacos
Por entre as flores murchas e secas,
Entre vasos e garrafas de água benta,
Onde a aranha decide o círculo das horas,
Onde a ferrugem toma conta dos sagrados dotes?
Entre vasos e garrafas de água benta,
Onde a aranha decide o círculo das horas,
Onde a ferrugem toma conta dos sagrados dotes?
Amigo, mas que poesia arrebatora! Adorei, como também á nova roupagem do te confessionário publico... Tá lindo! Sucesso
ResponderExcluirOlha cara, para mim, esta foi uma das mais lindas poesias que alguém já fez... Me deixou boquiaberta, adoooorei!!!!! Sou, desde já tua fã de carteirinha, assim como a tua amiga Krol, acima, que disse tudo: és poeta de alto gabarito, digamos assim, de dotes sagrados, que arrebatam a alma da gente... Obrigada, por vc existir, poeta João M. Ludugero. Valeu, muito. Seu Blog está lindo demais!!!! Abraço carinhoso.
ResponderExcluirAmanhã volto pra casa e vou te adicionar, te seguir, porque adorei achar vc no site de uma amiga. Beijos.
Sua fã Hellem Soares Vicunha Normando
Governador Valadares/MG.
Eu só tenho a agradecer, desse jeito fico até sensibilizado, mas é com muita alegria que recebo seus comentários. Sejam sempre bem- vindas, isso só me deixa numa satisfação sem medidas. Gostei da ideia de confessionário público, viu Krol? Obrigado Hellen por tanto me admirar e ser minha fã. Fico deveras orgulhoso por tudo isso. É um grande presente que recebo quando pessoas de tal estirpe me visitam e deixam seus coments. Adoro vcs. Vou continuar a fazer minha poesia, tentando dar segmento ao que manda meu coração, aliado à minha cabeça pensante, procurando escrever e estar longe e perto das pessoas que me curtem. Mais perto do que longe. Para o coração não há lonjuras que não possam ser alcançadas. Hiper beijo. Até mais!
ResponderExcluir