DE ONDE EU VENHO
Autor: João Maria Ludugero
Venho de um lugar de ruas calçadas de paralelepípedos e de becos entortados. Venho de uma terra de uma gente tão bonita e modesta, tão rica que faz festa até das coisas simples. Como é hospitaleira a minha Várzea das Acácias!
Meu pai Odilon tem sua casinha lá, de onde nunca pretendeu sair. E se um dia tiver que ir embora, será de vez para encontrar sua amada Maria, que foi morar no andar de cima. É que minha mãe Maria Dalva de seu Odlion, tinha nome de estrela, e era uma delas, voltou a se firmar no céu, a nos orientar de lá. Na verdade, a brilhante estrela dalva é o planeta Vênus, conhecido como estrela da manhã (Estrela d'Alva) ou estrela da tarde (Vésper). Dona Maria, estrela dalva a alumiar a minha vida inteira!
Venho de um lugar de ruas calçadas de paralelepípedos e de becos entortados. Venho de uma terra de uma gente tão bonita e modesta, tão rica que faz festa até das coisas simples. Como é hospitaleira a minha Várzea das Acácias!
Meu pai Odilon tem sua casinha lá, de onde nunca pretendeu sair. E se um dia tiver que ir embora, será de vez para encontrar sua amada Maria, que foi morar no andar de cima. É que minha mãe Maria Dalva de seu Odlion, tinha nome de estrela, e era uma delas, voltou a se firmar no céu, a nos orientar de lá. Na verdade, a brilhante estrela dalva é o planeta Vênus, conhecido como estrela da manhã (Estrela d'Alva) ou estrela da tarde (Vésper). Dona Maria, estrela dalva a alumiar a minha vida inteira!
Eu me criei na Vargem entre roça, roçados, galos de campina, canários de chão, bodes, cabras, borregos, aves, pessoas humildes, árvores, cajueiros e mangueiras, riachos e Vapor. Aprecio viver em lugares assim, por gosto de estar entre lajedos, pedras, lagartos, preás e macambiras.
Agora estou em Brasília, vivendo no cerrado em pleno Planalto Central, prestes a publicar meu livro de poesia "Memórias de Um Menino Varzeano", sinto-me deveras honrado com isso, e, sempre que me sinto só e a saudade me bate, apanho, mas fujo para a minha Várzea, onde sou abençoado por São Pedro Apóstolo, padroeiro do meu lugar.
Continuo a escrever e não abro mão desse ofício, nem acho isso besteira. Sinto-me a escorrer pelo papel, quando discorro meus versos que me salvam de mim mesmo, da incessante busca da vida arteira, de uma paz que se procura todos os dias nas coisas, e não se acha — a poesia é que me salva.
Sei que estou aqui de passagem. Não estou infeliz, nunca tive o espírito pobre porque herdei a curiosidade. Busco alma nas palavras e as engenho, reinvento sentidos e viajo nelas. A poesia me recria. Sou sobrevivente cresço, procuro renascer até no ocaso! No meu morrer de fênix tem uma dor pungente que me dispõe a brotar depois das queimadas, que provém do bater de cascos incansável ou seria da ferradura do tempo?
Ter em suas terras as raízes, forças nutridas de veracidade!!!
ResponderExcluirQue lindo isso aqui, me senti em tua cidade!!!
^_^•
Brincado de pés descalços, sentindo o vento das tardes...
Quero lhe parabenizar sempre dizendo que és iluminado,lemos esta mensagem eu e seu irmão compadre francisco e até ficamos muito emocionados e ao mesmo tempo questionamos perguntando um para o o outro,como é que vc sabe expressar todo esse sentimento lindo, muito bonito,te adimiro de mais e sempre estou ao lado não só de vc e compadre mais estou presente em toda família.de seu amigo Rosinaldo
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