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sábado, 16 de outubro de 2010

O POETA, O RIO, A CRUZ E AS ALMAS

 Autor: João Maria Ludugero

Eu lanço a rede
No fundo da memória,
Revolvo as águas da consciência,
Trago à tona a pesca compulsória
Peço a intercessão das almas varzeanas
Mais queridas, sem citar nomes,
Apenas penso nelas, como estrelas
Que estão além do azul anil do céu
E eu cá com meus anzóis,
Acabo por encher meu samburá
De poesia, sonhos e outras alegrias

Quisera eu, então, por um momento,
Abrir as comportas do meu coração
Só pra encher de amor o fundo dessas águas
De tantas lembranças e salobras saudades
E não é que me pego a versejar
Diante da Cruz do rio
Que deságua no Joca!

Daí, eu poeta-pescador, pássaro
Em pleno voo rasante, firme
Alvo estabelecido: o amor
Fisgo o esperado peixe.
Almoço feito!

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