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quinta-feira, 14 de outubro de 2010

OÁSIS DO MEU CANTO


Meu poema é reza
De agradecimento
Pelas cacimbas
Que minam, 
sem tréguas,
Da mira de ideias
Da minha imaginação,
No intuito de matar 
A minha sede
Nas águas dessa saudade.

Saudades, 
Salobras águas 
Buscadas 
Em leito profundo,
Oásis de mim, 
Nascente nunca vazia,
Sangradouro 
De lágrimas 
Debulhadas 
No meu rosto...

Vertente cavada na areia
A léguas e léguas 
Distantes d'acolá,
De lá onde passa o rio Joca...
Rio que banha minha cidade,
Rio que fertiliza minha terra agreste
Rio que traz mais vida ao meu lugar
Rio que faz nascer a flor do campo
E deixa a nossa Várzea mais bonita!

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