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domingo, 3 de outubro de 2010

ADEUS! ATÉ LOGO MAIS!

















Recordo-me bem
Do dia da minha partida, 
Desnudei um adeus imenso,
E a terra de Ângelo Bezerra me perfumou
Os cabelos com um cheiro de alecrim,
O  doce aroma da tarde amena
A subir pelas narinas acesas,
E a voz presa na garganta
Bloqueou de silêncio os olhos meus
E rumei a Nova Cruz,
No carro do Seu Tida...


Naquele instante fui embora de ti,
Mas juro: separei-me de mim,
Com as mãos emudecidas num adeus
Que a memória gravou a fogo e brasa.
Em letras garrafais escrevi
Num lenço branco com lágrimas, 

Não vale a pena ignorar as palavras
Ardentes de um lume vivo:
Adeus, minha casa!
Adeus, minha Várzea!

Adeus! Até logo mais!

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