Autor: João Maria Ludugero
Venha pra cá,
Viver a nossa Várzea!
Viver o agreste!
Viver com nossa gente,
Povo hospitaleiro
Povo persistente,
Que, seja no estio, na seca,
Na cheia, na enchente do rio
Com fé, sempre mostra a coragem.
Com a confiança,
Avança em renovada esperança
Neste solo do agreste verde
Viva a nossa Várzea,
Viva o nosso torrão potiguar!
Viva o preá!
Viva o verdejante juazeiro
Viva o canário-da-terra
Viva o roçado do Vapor
Da lavoura de subsistência
Do agricultor
Que na dura lida,
Sustenta a vida
E da plantação
Retira o seu pão:
A farinha da mandioca,
O jerimum, o milho e o feijão
Viva o rio Joca!
Viva o açude do Calango.
Viva o Itapacurá
Viva o tejuaçu
Viva o Maracujá
Viva a macambira, o Gravatá
Vivam os cactos, o Trapiá,
As juremas, os mulungus
E os marmeleiros.
Vivam estas plantas
Que pouco podem encantar,
Mas que são o fiel retrato
Do homem do mato,
Que do clima quente
É sobrevivente, sim senhor!
Calorosa gente-gente sangue bom
Neste solo agreste,
Da nossa amada Várzea
Que tem mais flores
Porque as cultiva com mais amor,
Não é mesmo Seu Odilon?
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