Autor: João Maria Ludugero
Voltar a Várzea
É sentir-se em casa,
É molhar os pés no rio
É lavar a alma
No açude do Calango.
É assim como querer
Nadar dentro dele
A vida inteira.
É tanger do peito
A saudade atroz
Num galope rasante
Sem rédeas,
Sem esporas...
É deixar o corpo voar
Pela Vargem afora,
Sem pressa nenhuma,
Sem hora para voltar,
Quando o canto nos encanta
Por derradeiro, de súbito,
A nos levar por toda cidade,
Numa alegria que nos preenche
A cavalgar novas esperanças
Sempre dando espaço ao tempo
E aos novos ventos
Que virão a imperar
Como uma luz que atravessará
As sombras e fará brilhar
Toda a Brasiliano Coelho!
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