Quem ousaria dizer
Que bato na mesma tecla
Cem repetidas vezes
A versejar sobre minha terra,
Que meu lugar sempre
Domina todo meu poema,
Que repito e não me canso
De falar de Várzea,
Como quem carece
De arejar o peito,
Encher os pulmões de ar
E sorrir satisfeito por dentro
das linhas que escrevo?
E digo mais, indo além,
Sem levar a pecha de cabotino,
Que, não fosse pela minha poesia,
Eu vegetaria na inércia,
Sem raiz, emudecido.
De tal modo, cairia no vazio
A sepultar em cova rasa
Toda a potência
Do meu eu-varzeano,
Germinada neste chão
Guardado pelo apóstolo Pedro.
Por isso é que pelejo
A escrever tantos versos,
Tantas palavras, só pra dizer
Que a poesia é a minha tinta
A colorir, a retratar minha Várzea,
Meu solo, minha terra de origem
No intuito de deixar, e deixo,
A quem possa interessar,
De herança um pouco do muito
Que foi, é e pra sempre será
Essa longa paixão,
Esse amor verdadeiro
Que sinto por esse abençoado lugar!
Amor! Lindo caso de amor!!!
ResponderExcluirCada vez melhor. Isso é que é superação. De outra vez já lhe falei da admiração que tenho pela literatura regional e você está com um repertório de excelentes seus poemas! Adorei.
ResponderExcluirAbs, Arnaldo