Autor: João Maria Ludugero.
Na minha Várzea,minha terra boa,
Há ruas de casarios coloridos,
Casas caiadas, casas simples, vidas simples
Ali a gente não tem pressa de andar, e voa.
Voa junto com a imaginação, longe-longe.
Voa pelos Seixos, pelas esperanças renovadas
Voa pelos ariscos, pelos Itapacurás, voa que voa.
No quintal das casas há hortas e pomares,
Há frutos caindo de maduros, ao vento,
Há pés de pau de graviolas, pitangas e siriguelas
Há pés de goiabas brancas e vermelhas
Há mamoeiros carregadinhos e Maracujá,
há um cheiro bom de erva-doce no ar.
Sem nunca esquecer das flores
dos hibiscos-rosa dobrados
Que enchiam nossos olhos na casa de seu Nestor.
Eram flores cultivadas pela dona Maria Orlanda,
que vida, que saudade, que cheirinho bom!
Sem contar com as belas româs
de dona Inês Rosa
que a gente insistia em colher,
às escondidas sem culpa.
E a gente nem corava a face,
sem vergonha de viver.
Sem contar com os umbus-cajás
Lá do quintal de dona Maria Marreiros...
Só de pensar pego-me a salivar,
Que tempo bom de alegria,
de dar água na boca!
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