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quarta-feira, 17 de março de 2010

MEU LEGADO

Autor: João Maria Ludugero.


Eu João Maria Ludugero da Silva, escritor varzeano,
quero deixar para meus amados filhos,
Igor Gabriel e Jordana Majella Ludugero dos Santos,
o exemplo de ser humano gentil e alegre,
determinado e otimista, cuja vida se torna,
a cada dia, a forma visível do meu sonho.
Não quero mais que isso: ser um homem simples.
Alguém que gosta de lugares simples assim como Várzea,
de pessoas, comidas e hábitos simples,
de sentimentos simples, mas firmes,
nunca mornos, porém nobres.

Eu sou alguém que observa os movimentos da vida
tentando traduzir, mediante o trabalho, meu sonho
de que também toda minha vida seja simples, soberana.
É essa a forma que encontro de levar a beleza para o mundo.
Como pai e amigo, quero dar o exemplo da força
de saber saborear a vida, de buscar realizar sonhos
sem perder a simplicidade, a integridade, a bússola, o norte.

Eu sou de uma terra onde o povo, além de amar a liberdade,
a simplicidade, cultiva frutas no quintal, flores no jardim,
gosta de conversas na praça e, sob o recanto do luar,
emociona-se com pequenos gestos, sejam de bravura ou
de momentos tangidos pela musicalidade dos acordes do coração,
sobretudo quando emoldurados pelos sentimentos mais nobres da alma humana.
Várzea tem muito a ver com isso. Portanto, é que estou sempre a declarar
meus sentimentos por ela. Ela que merecidamente tornou-se referência
em cultura potiguar, resultado do esforço de pessoas que amam a cidade
e insistem em preservar seus valores e a sua cultura.
Abra mais o seu coração. Preste mais atenção na sua cidade.
Valorize-a. Quem ama, cuida. Sempre que o seu coração bater,
lembre-se de sentir mais amor pela nossa Várzea.
Isso não só faz bem para você, também para as as futuras gerações.

Várzea acredita no seu potencial. Ela acredita que podemos fazer mais por ela.
O desafio está lançado. É um enorme desafio, mas, sim, é possível!
Sonha-se ali com o amanhã. Nós queremos ver o sonho varzeano sonhado a partir de agora;
desejamos que o relógio do tempo marque horas felizes,
prenúncio de um novo tempo de despertar.

Eu, como escritor, procuro eternizar nos meus textos todas aquelas pessoas
que vivem na memória de cada um de nós varzeanos,
registro quantos ali vivem/viveram e iluminam/iluminaram a nossa terra
com suas presenças amigas, seja edificando a esperança nesse chão,
desde o seu alicerce até os dias de hoje, seja elevando a nossa Várzea
a ser mais que um simples ponto no mapa do Brasil.

Consabido que a vida é a arte do encontro, embora haja tantos desencontros pela vida,
não me custa abrir um arquivo vivo para guardar toda essa gente no escaninho da memória e,
para sempre, nas páginas da vida varzeana. E o faço com enorme vontade de fazer bem feito,
homenageando todas essas pessoas pelo subido valor que representam para a cidade
e para o engrandecimento da sua história.

Sem dúvidas, este é um momento muito feliz da minha caminhada.
Momento de compromisso, mas também de celebração, pois,
ao escrever as "Memórias de um menino varzeano",
escolhi compartilhar minha vida com a história desta gente.
Por isso e tudo o mais, sinto-me lisonjeado e, por que não dizer, até orgulhoso,
por estar a contribuir com a história de vida da nossa gente.
É para mim algo muito gratificante. Acreditem. É tudo verdade.
É a minha vida no papel, é um sonho de verdade, acordado, passado a limpo,
escrito com toda a força do coração e o senso equilibrado que a cabeça me atina.

A todos os varzeanos, por tão gratas e afetuosas atenções, sou sinceramente agradecido,
como grato sou a todos aqueles que direta ou indiretamente me incentivaram
a perseverar na minha luta, nos meus ideais, e me admitiram
em seu honroso convívio, ontem e hoje. Porque, apesar de estar distante dos olhos,
aqui em Brasília, Capital da República, numa outra seara deste imenso país,
continuo no coração da minha querida cidade, Várzea, levando a sua história a todos os lugares
e demonstrando todo o meu amor e consideração pela terra fundada por Ângelo Bezerra.

Sinto-me deveras influenciado pela fé em Deus, pelo Amor e pela Esperança.
Acompanhado pela a paz interior, pela verdade, pela sinceridade, pela liberdade e pela justiça.
Hoje, como ontem, tão indispensáveis ao convívio humano.

Aprendi uma verdade:
Tudo muda: mudam as pessoas, mudam as coisas.
Tudo muda, no decorrer do tempo. É o que é!
Portanto, curta a vida, pois ela é curta demais para ser pequena!


Escritor: João Maria Ludugero
(Em 10 de dezembro de 2008).

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