Autor: João Ludugero
Não careço de remédio
Não preciso de bula
Não espero ter cura,
estou lúcido na mira
Estou com sintomas de paixão,
Mas não estou louco feito cão sem dono, de fato
Meu coração precisa de calma, não de cicuta.
Minha flor do maracujá,
venha logo me visitar, sem convite
Venha logo ser minha tábua de salvação
Trazer seu antídoto ao tédio,
Quero mergulhar fundo no teu leito
Quero saltar da ponte, criar asas
No teu beijo me perder de vez,
Só assim juro que vou
aprender a falar tua língua.
Ensina-me a ser mais
que você em nós dois,
Estou quase aprendendo a rezar tua novena
Estou sentindo meu coração no altar,
Salve-me da cruz,
de viver longe dos teus olhos,
Estou deveras perfazendo
o sagrado pacto de amar!
Nunca mais pretendo
pensar em cortar os pulsos,
Não quero parecer impulsivo Romeu
a implorar um último gole de veneno.
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