E se só restou o roçar das folhas caídas
espaçadas ao chão ao sabor do vento
pela solidão da rua
calçada de paralelepípedos.
E se só sobrou bater o silêncio
de uma vaga calha ao limo
que não se cansa de gotejar.
E se só ficou para contar
uma história fria,
que se perdeu numa noite longe
no esfumaçar de uma bucólica chaminé
de uma vaga calha ao limo
que não se cansa de gotejar.
E se só ficou para contar
uma história fria,
que se perdeu numa noite longe
no esfumaçar de uma bucólica chaminé
que se diluiu nas nuvens imaginárias
dos carneirinhos e outros bichos
que não se firmaram nas estrelas
que não se firmaram nas estrelas
que nem verrugas nos deram nos cotovelos
por denotada ausência das contas
dos pedidos que esquecemos de fazer.
E se só se retratar a mesma paisagem,
o mesmo papel de parede que descoloriu
sob a mesma ladainha de sempre.
Não careço mais desfrutar
daquela paz de soníferos
daquele canto debatido,
da nota monótona de uma melodia
Que se esvaziou junto com a pilha
sob a mesma ladainha de sempre.
Não careço mais desfrutar
daquela paz de soníferos
daquele canto debatido,
da nota monótona de uma melodia
Que se esvaziou junto com a pilha
da rádio que se perdeu no ar da estação.
Porque ainda improvisar ou fingir afeto,
avençar o que não mais temos,
avençar o que não mais temos,
Nem mesmo ficar por ficar
de mãos dadas com a ilusão do outro,
parecendo mais que
resignados irmãos siameses,
E ainda mais que não nascemos
resignados irmãos siameses,
E ainda mais que não nascemos
com vocação para o incesto.
Insistir no que acabou
Insistir no que acabou
só nos deixaria ainda mais
a vista cansada, só
a vista cansada, só
os músculos exaustos, só
os lábios secos e calados, só
as mãos calejadas, só
os dedos dormentes, só
para tentar decifrar o adeus,
rejuntar os pedacinhos, os cacos
os lábios secos e calados, só
as mãos calejadas, só
os dedos dormentes, só
para tentar decifrar o adeus,
rejuntar os pedacinhos, os cacos
do injustificável 'acabou-se',
o fim de um amor que jaz aqui,
o fim de um amor que jaz aqui,
que se ausentou, e não mais volta.
Talvez para dar lugar a outro
Talvez para dar lugar a outro
que nos espera mais adiante,
quiçá bem se querendo mostrar
a partir de dentro de nós mesmos:
a partir do tal amor próprio
querendo antes do ter - mais ser,
antes que, emoldurado,
venha a se tornar do/ente.
Gosto da força contida nas tuas palavras
ResponderExcluirUm grande bj querido amigo
Boa noite...e se acabou e melhor sermos apenas amigos, ja nesse caso, se nos vermos de vez em quando, nao sera incesto...adorei, forte...abraços
ResponderExcluirUma nova paz há de vir. Ps.Tem um selo comemorativo dos 300 seguidores do artes e escritas esperando por você : http://selosarteseescritas.blogspot.com/2011/08/300-wwwarteseescritasblogspotcom.html
ResponderExcluirUm abraço, Yayá
UMA TRÁGICA HISTÓRIA, COM PALAVRAS FORTES E REAIS. MUITO BOM!
ResponderExcluirTEM TEXTO NOVO NO MEU BLOG. PASSE LÁ, LEIA E COMENTE:
http://thebigdogtales.blogspot.com/2011/08/desperte-se.html
Poeta, que poema forte, bem real, contundente como a vida é. Gostei da feitura, do alinhavo, tu sabes engendrar muito bem as palavras para dizeres a verdade autêntica, nua e crua, doa a quem doer. É isso mesmo, tens o dom de seres muito franco, muito realista e voltado para a vida real, sem enfeites desnecessários. Muito bom seu poema, como sempre. De tirar o chapéu! THE END!
ResponderExcluirJoseph Caldas Moreira.
Poeta e escritor em Limeira.
Abraço. Sucesso!
Queria ter o dom de escrever assim. Que maravilha! E dissertas bem em todos os temas, até quando se trata de um amor que se acabou. Muito inteessante. De muito bom gosto e qualidade seu poema!
ResponderExcluirMega abraço,
Júlio Fernandes Valença,
Estudante de Filosofia.
PALAVRAS, PALAVRAS...LÁ DE DENTRO, BEM DO FUNDO DA ALMA DO POETA. FALOU E DISSE!
ResponderExcluirBELO POEMA DE ADEUS A UM AMOR FINDO.
ABRAÇÃO.
EDÊNIA DE LOURDES BRAGA.
BRASÍLIA -DF (GUARÁ II)
Amor é palavra sagrada.
ResponderExcluirTodo universo é criado com amor. Por amor. E em amor.
Amor é o começo,amor é a continuação e amor é o fim.
Não,mentira, amor não pode ser o fim, pois amor é além do infinito, algo tão mágico que muitos não acreditam na sua existência.
Se nós entendêssemos o amor, ele perderia toda a graça.Pois saberíamos como começar, como resolver, como terminar. Simplesmente deixaria de ser amor. Amor é a unica coisa que nunca,ninguém ira entender. E no final das contas, irá agradecer por isso.
Marla Cristina Sanches.
E aí, ainda aceitas casar comigo?
ResponderExcluirTô topando, fazes o tipo que caberia na minha vida. Inteirinho, sem tirar nem um pedaço. És lindo de viver. Tô te namorando faz um tempão e nem sabes quem eu sou... Mas vamos em frente! Risos. E, além do mais, ainda sabe fazer poesia. Sabe fazer tudo gostoso, na vida. Muito bom seu texto e o blog, cada vez melhor! Sucesso. RAWR!
Ludugero... ludugerize-se e parta para novas experiências! A busca pelo ser requer muito trabalho! Em frente, que pelo visto bem próximo a você já que ludugerizar-se contigo! Felicidades! Abraço, Célia.
ResponderExcluirEu de novo aqui, não me canso.
ResponderExcluirEu me ludugerizava num instante!!!kkkkk! O quê? Num pensaria duas vezes. Só me falta uma carta branca, mas ele nem sabe que existo. Essa coisa mais linda de viver! Ah, se este poeta Ludu me desse cartaz!!! Criaria asas... Mas, fazer o quê, me diga? Deixa eu te dar colinho! Ou me dá colo, que eu te ensino a gostar ainda mais da vida. Eu tô que tô me ludugerando faz tempo. Já te persigo há um tempão. Mas pena que não me queiras.... Beijaço, da sua fã nr. 1.
RAWR!
Olá Poeta...
ResponderExcluirAmei o texto, realista, pé no chão,ainda que poesia "Fim" - mas com aspirações, com esperanças, de quem sabe avistar o além do porto, sabendo que existem outros mares a serem navegados, descobertos, usufruídos pelo novo que re-nasce de dentro de si,consciente do que e de quem sequer como companhia de outra viagem, mais fascinante,por nunca ter desistido, avante em sua nova empreitada Amigo!
Bjkas, e excelente final de semana!
Oi João, passando só para te desejar um ótimo fim de semana!!! Beijos
ResponderExcluirPoeta Ludu, seu blog é um fenômeno! Maravilhoso!
ResponderExcluirQuanta poesia de qualidade e bom gosto, que diz fundo as coisas do coração, da vida real. Tua poesia é mesmo uma coisa formidável. Estais de parabéns! Continues assim a se enveredar pelas linhas do coração. Amo seu blog de paixão!
Hiper beijo,
Wandinha Fortes Bittar.
Menino lindo, poetaço da minha vida! Que bom que você existe! Vim aqui te dar o meu abraço e o mais carinhoso beijo. Tenhas um final de semana pra lá de esplêndido! Lindo seu poema do recomeço, pois muitos fins são necessários para um novo porvir! E viva você e viva o amor! EU TE AMO, menino lindo!
ResponderExcluirMara Régia de Souza,
UnB.
Meu coração bate feliz quando te lê!
ResponderExcluirQue poema lindo!
Tu és o cara! Também sou tua fã. Já te sigo com muita alegria. Saúde e dias bens felizes. Hoje e sempre. Porque tu significas AMOR!
Beijinhos e beijaços. És merecedor!
Suzanne Bento.
Natal - RN
Poeta, poeta, poeta... Tu és mesmo DEZ!!!! Que blog bom, recheado de poemas de um bom gosto... És único! Sou teu admirador e gostaria de te conhecer. Também resido na Capital Federal e, apesar de estarmos perto, não nos conhecemos. Vou te mandar um e-mail na sua caixa. Se puder me responda. Quer ter o prazer de conhecê-lo mais de perto. Sou muito fã da sua poesia e não fico sem ler seu blog sensacional. Abraço,
ResponderExcluirJonathan Raoni Mendes, modelo.
Fantástico. Belíssimo poema!
ResponderExcluirAdoro vir aqui apreciar seus textos.
Seu blog é um dos melhores que conheço.
Gosto do jeito como escreves. Parabéns!
Bom final de semana. Voltarei. Abraços,
Eduardo L. Neris Fialho.
Cara, tu sabes dizer coisas bonitas. Te invejo pra caramba! Queria saber escrever assim... Bonito demais! Heper mega abraço. Te curto de montão. Já te sigo. Sou teu fã de carteirinha. Bfs!
ResponderExcluirThiago Mello Jr.
Tu és mesmo um grande poeta!
ResponderExcluirVim aqui conferir teu blog por indicação de um amigo e fiquei maravilhado com tudo que li e reli. Muito bom; És mesmo do balacobaco!
Nada pode mesmo te prender, nem o fim de um amor, pois virão outros e mais outros e mais... És imcabrestável! Risos! Abraço.
Douglas Olegário Marabuto.
João LuduGero estais com tudo e não estais só prosa! Bommmm demais! Manda ver! Sou muito teu fã, viu: manda mais, estarei sempre aqui. Que delícia de blog! Abraço.
ResponderExcluirPaulão Louvatto
Quando eu piso em folhas secas, caídas de um mangueira...É infelizmente tudo chega ao fim. vlw
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