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terça-feira, 31 de agosto de 2010

A VOLTA DA BANDA DO DIA 7 DE SETEMBRO










Autor: João Maria Ludugero

Eu queria fazer versos singelos,
que dessem o tom de saudade,
que lembrassem da comemoração
do dia 7 de setembro na minha Várzea,
dia em que não perdíamos a alvorada,
acordávamos com a lua ainda alta.
E lá íamos nós pelas ruas de pedras
do passado espelhando a madrugada.

E a gente ensaiava a bandinha
e a banda era pura magia,
dessas que ficam na alma mais
do que se tivéssemos ido com ela.
E a gente ficava maravilhado!

Dava uma vontade danada de sair correndo
pelas ruas de paralelepípedos da minha Várzea,
junto com a banda da independência.

Como era pura e simples a emoção
do tempo em que era de costume, ato cívico
cantar os hinos e hastear a bandeira,
rogando fossem abertas as asas
da liberdade sobre nossas cabeças,
dentro do coração das nossas casas caiadas.

E a gente via a luz brilhar, além do horizonte
da tarde amena a escorrer pelas janelas.
O povo estava lá na praça a ver seus filhos a desfilar
uniformizados, de conga, meia e farda escolar
pra ver a banda passar ali na rua José Lúcio,
tocando a vida da minha Várzea das acácias,
minha amada cidade auriverde de Silva Florêncio.

Mas a banda não passou de vez,
ela ficou em mim, de certo
ou será que eu fui com ela
a ir buscar as coisas simples
que o tempo escondeu?

Por muitos anos, a bandinha
que aqui homenageio, animou e
abrilhantou o dia da independência.,
fez a gente marchar espalhando
no rosto de cada varzeano a alegria 
que lhe é tão peculiar.
Pa-ta-ti, pa-ta-ta-tá!

Mas onde ficou a parada essa banda?
ouvi dizer que ela vai voltar a tocar,
a en/cantar as nossas esperanças.
Meia volta, volver!
Ra-ta-ra-ta-tá! ta-tá!

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